A coluna acionou o cardiologista Roberto Yano, de São Paulo, para saber como permanecer sentado por longos períodos afeta o coração
Conforme um estudo realizado por pesquisadores do Hospital Geral de Massachussetts, nos Estados Unidos, e publicado pelo Journal of the American College of Cardiology (JACC), permanecer sentado por longos períodos durante um dia tende a afetar vários órgãos do corpo, em especial, o coração.
Para desdobrar o assunto, a coluna Claudia Meireles conversou com o cardiologista Roberto Yano, de São Paulo. Segundo o médico, o ideal é que a cada hora sentado haja um intervalo de cerca de 10 minutos em movimento. “No caso, 10 minutos andando, alongando-se”, sugere.
Questionado se há um tempo máximo para ficar sentado ao longo de um dia a fim de não prejudicar o coração, Yano enfatiza “não existir um tempo exato”. “Isso varia, por exemplo, de acordo com seu nível de atividade física e saúde cardiovascular”, ressalta.
Quem permanece ou trabalha sentado por extensos períodos, o cardiologista recomenda fazer pausas curtas depois de um grande intervalo sem se levantar: “Caminhe um pouco ou alongue-se e inclua atividades físicas na sua rotina, como caminhar ou pedalar, pequenas mudanças no dia a dia já ajudam muito na saúde do coração”, indica o médico.
O especialista salienta que não apenas ficar muito tempo sentado, mas o sedentarismo gera o risco de doenças cardíacas. “Há a redução da circulação sanguínea e o aumento da pressão arterial, o que causa vários problemas subsequentes que sobrecarregam o coração”, pontua Yano.
Obesidade, diabetes e trombose são outras condições resultantes do sedentarismo e de permanecer
sentado por períodos prolongados. O cardiologista aconselha recorrer aos benefícios do ciclismo e da caminhada leve.
“Essas atividades são ótimas opções para quem quer sair do sedentarismo, por serem de baixo impacto, que melhoram a circulação, reduzem o estresse e fortalecem o coração sem sobrecarregar as articulações”, detalha Yano. Ele emenda: “Com o tempo, você pode passar a praticar com mais intensidade.”
Por Marina Ferreira, Claudia Meireles – Metrópoles