A corporação aponta que o agente havia se oferecido para colaborar com um golpe de Estado
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (4) que o policial Wladimir Matos Soares, preso por envolvimento em uma trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não integrava a equipe que cuidava da segurança do petista em 2022. Segundo Rodrigues, o agente será submetido a um processo disciplinar. A declaração foi feita durante um café da manhã com jornalistas.
Rodrigues explicou que Soares foi designado apenas para atuar na segurança de prédios onde estavam chefes de Estado que vieram acompanhar a posse presidencial. Apesar disso, a PF aponta que ele vazou dados sensíveis sobre a segurança de Lula na época da transição e se ofereceu para colaborar com um golpe de Estado.
“Nessa condição ele [Wladimir Matos Soares] circulava em vários locais e um dos locais que ele circulou foi o prédio onde estava o presidente Lula, o presidente eleito, e aí passou as informações pro pessoal da Abin”, explicou.
De acordo com a investigação, servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) reuniram informações de maneira ilegal para municiar planos golpistas que incluíam o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Por Brsil 247