A Polícia Civil do RJ prendeu nessa segunda-feira (17) um lojista que vendia linha chilena em Realengo, Zona Norte do Rio, bairro onde mototaxista Victor Hugo Silva, de 38 anos, morreu no último domingo (16).
O comerciante João Guimarães Moreira foi detido em flagrante na loja onde ele vendia o material proibido.
No local, os agentes apreenderam várias sacolas com rolos do material cortante. A polícia não divulgou o que o comerciante apresentou em sua defesa.
Será enterrado nesta terça (18), no Cemitério do Murundu, o corpo do mototaxista. Victor Hugo estava trabalhando quando sofreu um corte profundo no pescoço. Ele morreu na hora. O mototaxista deixa 4 filhos. A família do homem cobra justiça.
“Isso é crime. O meu cunhado, simplesmente, não foi o primeiro e não vai ser o último. Uma linha tirou a vida do meu cunhado. Tem muita gente que deveria proibir isso. A pessoa que usa linha chilena não sabe que pode destruir uma família inteira”, desabafou Ana Soares, cunhada de Victor.
O caso foi registrado na 33ª DP (Realengo).
A comercialização, o uso, o porte e a posse da substância conhecida como cerol e da linha chilena, além de qualquer outro produto utilizado na prática de soltar pipas que possua elemento cortante, é proibida por lei estadual.
A pena prevista é de 3 meses a um ano de prisão. Quem for pego vendendo o objeto por ser punido com uma multa de R$ 17 mil.
Fábrica fechada na Zona Norte
A Polícia Ambiental fechou uma fábrica de linha chilena em Bento Ribeiro, Zona Norte. O estabelecimento funcionava no terraço de uma casa na rua Matías de Albuquerque.
No local, a polícia apreendeu vários equipamentos de fabricação da linha, além de diversos carretéis. A dona da casa disse à polícia que os materiais pertenciam ao filho dela, que já havia se mudado.
A ação foi realizada graças a uma informação anônima passada pelo serviço Linha Verde do Disque-Denúncia. Só nesta segunda-feira (17), o programa recebeu 20 denúncias sobre linha chilena.
O Disque-Denúncia, através do programa Linha Verde, pede ajuda nas denúncias sobre locais que fabricam e comercializam os produtos. O anonimato é garantido e as informações podem ser repassadas para os números (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177.
por G1