nvestigadores brasileiros pretendiam fazer uma perícia na arma, de fabricação alemã, usada no homicídio contra a ex-parlamentar
– Policiais federais desistiram da parceria que tinha solicitado à Alemanha para investigar a arma usada no assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, mortos por integrantes do crime organizado em 14 de março de 2018. A metralhadora é de fabricação alemã, e a Polícia Federal queria apoio da empresa na perícia dos vestígios. A informação foi publicada nesta segunda-feira (31) pela jornalista Camila Bomfim, da GloboNews.
De acordo com investigadores, autoridades alemãs e a fabricante colocaram dificuldades para o pedido de ajuda técnica do Brasil. A PF seguiu todos os trâmites burocráticos do acordo de cooperação internacional, mas o governo alemão queria um acordo adicional.
Em março, a PF pediu “um especialista/perito da empresa H&K (Hecker & Koch GmbH) para participar dos trabalhos periciais a serem realizados” nos vestígios encontrados no local do crime. A ideia era facilitar uma técnica de investigação chamada de “identificação reversa”.
No último dia 24, policiais prenderam o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, por envolvimento no assassinato da ex-parlamentar. Dois ex-policiais estão presos desde 2019 – Élcio Queiroz, que dirigia o carro de onde partiram os tiros, e Ronnie Lessa, responsável pelos disparos contra Marielle.
Em delação, Queiroz afirmou que o sargento da PM Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, morta em 2021, foi quem apresentou a Lessa o “trabalho” de assassinar a ex-vereadora. Investigadores apuram a mando de quem Macalé fez a intermediação. De acordo com o delator, o mecânico Edilson Barbosa dos Santos, o Orelha, foi procurado por Suel para se desfazer do carro usado no homicídio. A delação apontou que Orelha tinha uma agência de automóveis e foi dono de um ferro velho. Conhecia pessoas que possuem peças de carros.Playvolume
A ex-parlamentar era ativista de direitos humanos. Fazia denúncias contra a violência policial nas favelas e criticava a atuação de milícias – grupos criminosos que praticam assassinatos, tráfico e cobrança ilegal de taxas para serviços como energia e segurança.
Por 247