Software de espionagem para monitorar deslocamentos de opositores e críticos do governo Jair Bolsonaro foi utilizado até maio de 2021
-Os cerca de 30 mil registros de monitoramento ilegais realizados por agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro (PL) – que incluíam adversários políticos, críticos, jornalistas e advogados – e que haviam sido apagados, agora estão sob investigação para possível recuperação,segundo um integrante da corporação ouvido pela coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo.
“Neste momento, agentes da PF estão trabalhando na tentativa de recuperar esse material. Apenas cerca de 2 mil monitoramentos estavam intactos — a partir deles é que foi possível para a PF identificar como a Abin do governo Bolsonaro agia enquanto o programa foi usado pelos agentes, ou seja, até maio de 2021”,destaca a reportagem. >>> Tarcisio contratou software israelense usado por Bolsonaro para espionar adversários
O escândalo veio à tona na sexta-feira (20) após a Polícia Federal deflagrar a operação “Última Milha”. A ação resultou na prisão e exoneração de dois servidores, além do afastamento do terceiro mais alto cargo da Abin.