A Petrobras está mais próxima de obter a licença ambiental para perfuração na Margem Equatorial, após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovar, nesta segunda-feira (19), o conceito do plano de proteção à fauna apresentado pela companhia, segundo informa o Valor Econômico.
Segundo o Ibama, a metodologia proposta atende aos requisitos técnicos exigidos pelo órgão e representa o cumprimento de uma das etapas necessárias no processo de licenciamento, embora ainda não configure a concessão da licença em si. A próxima fase será a realização de vistorias e simulações de resgate de fauna, com o objetivo de testar a capacidade de resposta da Petrobras em caso de emergência ambiental na região da Margem Equatorial, na costa do Amapá.Play Video
Além das vistorias, a Petrobras deverá participar da Avaliação Pré-Operacional (APO), uma simulação de vazamento de óleo que avalia a eficácia da estrutura de resposta da companhia. Essa etapa é considerada a última antes da decisão final do Ibama sobre a concessão da licença ambiental. De acordo com o próprio órgão, um cronograma para o simulado será definido em conjunto com a estatal.
Após o anúncio da aprovação conceitual, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou o comprometimento da empresa com as exigências regulatórias. “A Petrobras vem cumprindo de forma diligente todos os requisitos e procedimentos estabelecidos pelos órgãos reguladores, licenciadores e fiscalizadores”, afirmou. Ela também ressaltou a importância do avanço na Margem Equatorial: “Estamos satisfeitos em avançar para essa última etapa e em poder comprovar que estamos aptos a atuar de forma segura na costa do Amapá. Vamos instalar na área a maior estrutura de resposta à emergência já vista em águas profundas e ultraprofundas”.
A Margem Equatorial tem sido considerada estratégica para o futuro da exploração de petróleo no Brasil, com potencial de se tornar uma nova fronteira produtiva. O avanço no processo de licenciamento marca um ponto crucial para a Petrobras e pode definir os rumos da política energética brasileira nos próximos anos.