PESQUISADORES FAZEM A 1ª ESTIMATIVA POPULACIONAL DO PAPAGAIO-CHAUÁ EM MACAÉ, NO RJ

Biólogos realizam levantamento no Parque Natural Municipal Atalaia para identificar ameaças e medidas para proteger a espécie, que é visada pelo tráfico de animais e, por isso, tem risco de extinção agravado.

O levantamento começou nesta quarta-feira (24) no Parque Natural Municipal Atalaia, Unidade de Conservação localizada no distrito Cachoeiros de Macaé, e segue até a próxima semana. Depois, o trabalho ocorrerá em outras áreas do estado do Rio de Janeiro.

O objetivo dos biólogos ornitólogos da Juma/Pesquisa, Renato Pineschi, Ludmilla Alves e Letícia Souza, é identificar ameaças e propor medidas para proteger a espécie, que é visada pelo tráfico de animais e, por isso, tem risco de extinção considerado agravado.

Os hábitos da espécie as deixam ainda mais vulneráveis, como o fato de frequentar os mesmos lugares, além disso, a rhodocorytha enfrenta a falta de habitat ideal para viver, devido à degradação do ambiente natural. Segundo os especialistas, a maioria dos filhotes é pega no ninho e morre após a captura.

“O Parque Atalaia está entre os locais da pesquisa por ter a formação florestal em que a espécie ocorre e por haver registro de rhodocorytha no local. Em uma Unidade de Conservação é melhor, porque não há impedimentos para a espécie, como linhas de transmissão elétrica. Ainda não temos estimativas mais precisas da incidência desta espécie nesta região”, explica Renato.

O Parque Atalaia é vinculado à Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade de Macaé. O biólogo e coordenador do espaço, Alexandre Bezerra, ressalta a importância de Unidades de Conservação para esta e outras espécies ameaçadas.

Depois do Parque Atalaia, a equipe de pesquisadores vai seguir para outras três Unidades de Conservação: o entorno do Parque Estadual do Desengano (Santa Maria Madalena, Campos dos Goytacazes e São Fidélis) e a Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba (São Francisco de Itabapoana).

Por g1 — Macaé

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