Guilherme Boulos tem a tarefa de reduzir sua rejeição, que é a maior entre os eleitores
Levantamento do instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta quinta-feira (10) por Paulo Cappelli, do Metrópoles, revela que Ricardo Nunes (MDB) mantém a liderança na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Conforme os dados apresentados, Nunes conta com 52,8% das intenções de voto, enquanto Guilherme Boulos (PSol) possui 39%. A sondagem, realizada entre os dias 7 e 9 de outubro, destaca que 3,4% dos eleitores ainda não decidiram seu voto, e 4,8% pretendem votar em branco ou anular o voto.
De acordo com o levantamento, Boulos precisa não apenas convencer os eleitores indecisos, mas também reverter parte dos votos que atualmente estão com o atual prefeito. O instituto aponta que Nunes conseguiu atrair uma parte significativa do eleitorado que votou em Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno. O ex-coach terminou a etapa inicial da disputa em terceiro lugar, com 28,14% dos votos válidos. Por outro lado, Boulos parece ter conquistado o apoio dos eleitores de Tabata Amaral (PSB), deputada de centro-esquerda que recebeu 9,91% dos votos.
No quesito rejeição, o cenário é desfavorável para Boulos: 48,1% dos entrevistados afirmam que “não votariam nele de jeito nenhum”, em comparação a 33,1% que manifestam a mesma rejeição em relação a Ricardo Nunes. Além disso, 28,2% dizem que poderiam votar no candidato do PSol, enquanto 18,1% fazem a mesma consideração sobre o atual prefeito.
Em relação aos votos consolidados, a vantagem de Nunes se mantém. Segundo a pesquisa, 37% dos entrevistados afirmam que “com certeza votariam” no emedebista, enquanto Boulos possui 31,7% de eleitores com voto definido. A vantagem de Nunes se estende tanto entre os homens quanto entre as mulheres: o atual prefeito lidera com 54,2% das intenções de voto entre os eleitores masculinos, contra 41,5% de Boulos; já entre as eleitoras, Nunes marca 54,2%, superando Boulos, que possui 36,9%.
O levantamento foi realizado com 1,2 mil eleitores da capital paulista, apresentando um grau de confiança de 95% e uma margem de erro de aproximadamente 2,9 pontos percentuais. A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas presenciais, e a pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código SP-08049/2024.