Por: Amaury Oliveira
“MAIS UM VERÃO QUE A POPULAÇÃO VAI SOFRER COM A FALTA DE ÁGUA”
Depois da privatização da Cedae em 2021, quando aconteceu o leilão na bolsa de valores de são Paulo, com a presença do então Presidente Jair Messias Bolsonaro e do Ministro Paulo Guedes. Foi batido o martelo. A Águas do Rio, com capital do fundo de Cingapura e da Itausa arrematou os blocos 1 e 4. O bloco 2 foi a Iguá Saneamento com capital do fundo Canadense. O bloco 3 ficou para Águas do Brasil. O leilão arrecadou RS24,89 bilhões.
A ALERJ e o Governo do Estado travaram uma batalha judicial sendo impetrado várias liminares. Na queda de braço o Governo Federal e Estadual saíram vencedores.
O Governo Federal impôs como condição de negociar a recuperação fiscal do Estado do Rio a realização do leilão da CEDAE.
A CEDAE continua responsável pela produção de água de qualidade e pela segurança hídrica, fornecendo água tratada para as concessionárias que fazem a distribuição.
Teve 16 municípios do interior que não aderiram a privatização. A Cedae continua prestando serviços completos para esses municípios.
A concessão do consorcio é por 35 anos, com investimento de 30 milhões. No contrato firmado entre o Governo do Estado X Águas do Rio e as outras concessionarias, foi estabelecido concluir 90% do esgoto coletado e tratado, e 99% da população abastecida com água tratada que deve atingir cerca de 13 milhões de pessoas. Atualmente 6 milhões de pessoas (34,7%) não tem esgoto coletado.
Com a privatização da CEDAE, moradores da baixada e do município do Rio passaram sentir na pele com a falta de água. Com a Cedae já era ruim, piorou com as novas concessionárias. Nem hospitais e escolas foram poupados. O valor das contas aumentaram exponencialmente. O PROCON acumula queixas da população, chegando a 564% só no primeiro ano de privatização.
As Empresas e o Governador culpam a população, que para eles os contribuintes desperdiçam água.
A recuperação, ampliações das tubulações e adutoras nesses três anos de privatização tem sido um desastre. A ÁGUAS DO RIO não conseguiu ter uma equipe de primeira grandeza como era na época da CEDAE. Demitiu os antigos funcionários, com larga experiências para diminuir a folha. Contratou profissionais aprendizes.
O último acontecimento drástico foi no dia 26 de novembro do ano corrente com o rompimento de uma adutora que têm tubulação de alta pressão. O fato aconteceu no bairro de Rocha Miranda, destruindo 4 casas com o falecimento de uma idosa de 79 anos encontrada soterrada.
A concessionária alega que têm tubulações da época do Brasil Império.
A empresa não fez estudos de riscos para minimizar os problemas das tubulações em processo de corrosão?
O transtorno que essa concessionária está fazendo na vida da população é caso de ações judiciais pela população, PROCON com acompanhamento do MINISTÉRIO PÚBLICO.