Por: Amaury Oliveira
“Crime eleitoral é investigado pela polícia federal na Baixada Fluminense”
Em função da prisão em flagrante de um homem no mês de outubro que portava uma mala com $1,9 milhões para compra de votos no pleito eleitoral de 2024, foi deflagada no dia de ontem (13/12) a operação TÊMIS que visa indiciar membros das supostas quadrilhas que estão envolvidos nos crimes de compra de votos, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica eleitoral e organização criminosa, nos munícipios de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti e na capital do estado.
Estão envolvidos nessa operação o atual secretário de transporte e mobilidade do estado, Washington Reis, o prefeito eleito de Caxias, Netinho Reis que é sobrinho do secretário de transporte, o deputado estadual Valdecir da saúde que disputou a prefeitura de São Joao de Meriti, a vereadora por Caxias, Fernanda Costa, filha do traficante de entorpecentes Fernandinho Beira Mar, preso no presidio de segurança máxima. Ao todo a Polícia Federal procurou em torno de 22 pessoas.
Foram apreendidos dois celulares no freezer da casa do prefeito eleito de Caxias. Na casa de Wellington rosas foi apreendido $2,28 milhões. Rosas é assessor do deputado estadual Valdecir. O assessor tem também salários nas prefeituras de São Joao de Meriti e Miguel Pereira.
A justiça bloqueou $10 milhões da suposta quadrilha investigada.
A prática de compras de votos é recorrente. Faz parte da cultura eleitoral do País.
Esse expediente faz com que perpetue grupos por várias gerações no poder legislativo e no executivo com derivações para o tribunal de contas e no judiciário, perpetuando o abuso de poder com desvio de verba pública para esses grupos que interfere negativamente na vida do cidadão.