PANTANAL IGUAÇUANO ATRAI AMANTES DA NATUREZA PARA PASSEIO DE BARCO

Iniciativa une conhecimento e turismo ecológico pelos rios que cortam a cidade da Baixada Fluminense

Cercada por rios e rica em biodiversidade, Nova Iguaçu tem 67% do território formado por área de proteção ambiental. O município, ainda que grande e populoso, também é um refúgio para os amantes da natureza. Pensando nisso, Edson Monteiro, mais conhecido como Crocodilo Dundee — nome inspirado no famoso filme de mesmo nome, da década de 1980, sobre um caçador de crocodilos de um lugar isolado da Austrália que vai para os Estados Unidos —, faz passeios de barco pelas águas que banham a “cidade-mãe” (por ser a mais antiga) da Baixada Fluminense.

Cabuçu, que vem de Nova Iguaçu. Depois, ele segue por mais três deságues. Em seguida, o barco cruza o maior santuário de tilápias do estado, onde as espécies procriam e as aves silvestres se alimentam. Edson ainda envereda pelo rio Guandu, passa pela área de captação de água, navega pela estação da Cedae e retorna para o local de partida, na Cabana do Demario, na Lagoinha.

— É um passeio muito maravilhoso, e de conhecimento também. Mostramos que são mais de 120 rios que abastecem a nossa bacia— detalha.

Ele também guia grupos de bicicleta com o mesmo objetivo: educar e conscientizar a população sobre as espécies nativas que dividem o território de Nova Iguaçu com sua população de 823 mil habitantes. E não apenas isso, ele ainda conta sobre os animais que migram para a região, vindo do Mato Grosso do Sul para ter seus filhotes. O Eco Bike tem rotas para adultos e crianças.

— A gente sai de barco até uma determinada fazenda. Lá, pega as trilha por dentro da área de proteção ambiental, que é uma área segura. Saindo na Via Dutra, a gente vem por Nova Iguaçu ou Seropédica, que também faz parte da área de proteção — conta ele.

O trabalho do “Crocodilo Dundee” da Baixada inclui ainda a luta pela saúde das águas do município, além da preservação das espécies que habitam o local. Em especial, a Lagoa Proibida.

— Ela fica em uma fazenda. Se ligava ao rio Poços, mas a saída foi fechada, e os peixes estão retidos dentro dessa região. Quando houver uma chuva, as fazendas vão ser alagadas porque ela não tem mais saída— explica ele.

Além de acompanhar grupos privados, Edson faz expedições escolares e atua na área de proteção ambiental há dez anos. Em agosto, ele levou uma turma de crianças, com autismo, para conhecer o Pantanal Iguaçuano. Com as escolas, a parceria é gratuita e os passeios, Edson cobra apenas o valor da saída do barco (R$50) dividido pelos ocupantes da embarcação.

Por Jenifer Alves

Comments (0)
Add Comment