A tradicional encenação do Auto da Paixão de Cristo será apresentada na Sexta-feira Santa, nos Arcos da Lapa, em mais uma edição aberta ao público. O espetáculo gratuito, promovido pela Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, em parceria com o Vicariato para a Cultura, a Associação Cultural da Arquidiocese e a Prefeitura do Rio, chega à sua 45ª edição reunindo 50 artistas entre atores, cantores e bailarinos.
Este ano, o papel de Jesus Cristo será interpretado pelo ator Ruan Aguiar, conhecido pelo personagem Merreca na novela Fuzuê, da Rede Globo, e atualmente envolvido nas gravações da série Os Donos do Jogo, da Netflix. A atriz Isabel Fillardis dará vida à personagem Maria.
A adaptação assinada pelo autor e diretor Luis Fernando Bruno percorre passagens marcantes da vida de Cristo, como o nascimento, o batismo no Jordão, a escolha dos discípulos, o sermão da montanha, a oração do Pai-Nosso, a Última Ceia, a Via-Sacra, a crucificação e a Ressurreição. A trilha sonora inclui composições originais e músicas já conhecidas do público religioso.
“Representar Maria, o ventre que gerou e carregou um ser iluminado, é motivo de honra e gratidão. Fico feliz de fazer parte de um projeto que vejo acontecer há décadas e que reúne tantas pessoas motivadas pela fé”, destacou Isabel Fillardis.
“Empolgadíssimo! Paixão de Cristo é para emocionar e transbordar o coração. Já fiz duas vezes, uma em Vassouras e outra em Marechal. É um convite que não se recusa. Jesus é meu guia”, afirmou Ruan Aguiar.
O diretor Luis Fernando Bruno ressalta a força simbólica do espetáculo. “A Paixão de Cristo faz parte do inconsciente e da fé popular. É um espetáculo que nos faz refletir sobre o amor ao próximo e a paz, mostrando que a esperança por um mundo melhor permanece viva e que a mensagem que Jesus deixou há mais de dois mil anos ainda é urgente”, afirmou.
Para o arcebispo do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, a iniciativa tem caráter evangelizador. “O Auto da Paixão é um trabalho evangelizador. Agradeço aos artistas e à equipe que tornam isso possível. Acontecimentos conhecidos por todos são apresentados de modo a contagiar as pessoas de hoje”, declarou o cardeal.
por Diário do Rio