PADILHA RECHAÇA CRISE DE GOVERNABILIDADE NO CONGRESSO: ‘APROVAMOS O PLANO DE PRIORIDADES’

Para o ministro das Relações Institucionais, o governo encerra os primeiros seis meses de forma ‘muito positiva’. Ele ponderou a falta de apoio no Congresso e disse que o Executivo tenta estabelecer uma relação baseada na importância dos projetos: ‘vamos ter que construir uma nova agenda para o segundo semestre’

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, rechaçou uma possível crise de governabilidade no Congresso. Segundo ele, o governo conseguiu cumprir o seu ‘plano de prioridades’ e as derrotas que aconteceram na Câmara não foram em projetos cruciais para a gestão Lula III.

Alexandre Padilha diz que o Executivo constrói um novo tipo de relação com o Congresso e ponderou a falta de maioria parlamentar. Ele criticou o que seria a ‘terceirização da governabilidade’ feita por Bolsonaro, que entregou o Orçamento ao Parlamento.

‘Não vai ser o que foi no primeiro e segundo governo de Lula, como também não vai ser o que era com Bolsonaro. Estamos construindo um novo modelo; baseado, primeiro, em qual é o programa, quais são as prioridades. Vamos ter que construir uma agenda para o segundo semestre. É uma base não sobre governo e oposição, mas uma base temática sobre propostas, projetos’, disse.

Segundo o ministro, o plano do governo estava baseado em cinco pontos. Evitar composições instáveis nas comissões permanentes na eleição das presidências do Senado e Câmara; reformular as 13 MPs de Bolsonaro editadas em dezembro e evitar torná-las “pautas bomba”; remanejar o Orçamento para pagamento do Bolsa Família, reajuste dos servidores federais e a derrubada de vetos do Bolsonaro; recriar os programas sociais; aprovar o marco fiscal e conseguir encaminhar a votação da reforma tributária na Câmara no primeiro semestre.

Alexandre Padilha também garantiu a ministra Nísia Trindade na Saúde. A pasta robusta em recursos é alvo do Centrão e a ex-presidente da Fiocruz atravessa um momento de fritura.

‘Desde o começo, a decisão do presidente Lula foi de um ministério que ele não queria discutir a composição partidária, até pelo quadro da pandemia. Ele defendia desde o começo identificar um quadro da saúde pública, tinha um desejo que fosse uma mulher. Ele estabeleceu isso como critério, diferentemente de outros ministérios, que o critério de composição foi a partir dos partidos que compõe o Congresso’, pontuou.

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