Em resolução, países condenam ação ilegal de unidades do Exército boliviano. Na quarta-feira (26), militares tentaram invadir antiga sede do governo, onde estava presidente Luis Arce.
Militares bolivianos foram fotografados ao lado de um veículo militar enquanto o presidente Luis Arce denunciava a “mobilização irregular” de unidades do exército em La Paz, Bolívia, em 26 de junho de 2024. A Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou a tentativa de golpe de estado em uma resolução votada durante a 54ª assembleia, expressando “grave preocupação” com a ação dos militares.
O documento aprovado pelos países membros da OEA condena a ação ilegal das unidades do Exército boliviano, denuncia a tentativa de desestabilização das instituições democráticas e expressa solidariedade ao governo e ao povo boliviano. A resolução destaca que a mobilização constitui uma ameaça ao regime constitucional boliviano e uma insubordinação às ordens do presidente Arce.
A iniciativa foi apresentada por várias delegações, incluindo Brasil, Chile, Colômbia, México, Paraguai e Uruguai, e aprovada por consenso. Este posicionamento visa pressionar diplomaticamente o movimento golpista e reforça a subordinação da Bolívia às resoluções da OEA, baseadas na Carta Democrática Interamericana que sustenta a democracia nos Estados membros da organização.
A tentativa de golpe envolveu tanques e militares armados invadindo o Palácio Quemado em La Paz, sendo que o general Zúñiga, líder da ação, foi posteriormente preso.