O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), informou que irá à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para recorrer da decisão do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre a composição do colegiado que irá investigar os atos de 8 de janeiro.
Nesta sexta-feira (5), foi oficializado o posicionamento da Mesa Diretora que confirmou que a oposição irá perder duas cadeiras na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).“É uma decisão que tem legitimidade por ter sido feita pela Mesa Diretora, mas achamos que ela é equivocada”, destacou Marinho em coletiva de imprensa nesta sexta.
“Vamos recorrer dessa decisão à CCJ”, completou. Com o posicionamento de Pacheco, o governo terá maioria na CPMI, com 12 das 32 cadeiras, e a oposição terá 9 indicações.
O senador Rogério Marinho afirmou ainda que a oposição não vai deixar de indicar seus representantes na CPMI. “Espero que isso não seja uma desculpa para que a CPMI não seja instalada”, avaliou.
Ainda de acordo com o parlamentar, a expectativa é a de que o colegiado seja instalado na semana que vem.
A resposta de Pacheco estava sendo aguardada desde o início da semana e era o que faltava para destravar a distribuição de vagas da comissão. Na prática, a definição retira a vaga destinada ao bloco Vanguarda, composto por PL e Novo, para entregar ao bloco da Resistência, do PT.
A manobra foi articulada pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A decisão foi publicada no Diário do Congresso Nacional desta sexta.
O presidente do Congresso também notificou líderes partidários para indicarem os membros que vão compor o colegiado.
Por CNN