A prioridade da operação é localizar e prender os envolvidos, coletar provas essenciais para fortalecer o caso e aprofundar as investigações
Policiais civis e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizam uma operação nesta sexta-feira (1°) em São Paulo para cumprir mandados de prisão e busca contra integrantes da torcida organizada Mancha Alviverde, principal torcida do Palmeiras, informa a Folha de S. Paulo. A ação ocorre após uma emboscada contra torcedores da Máfia Azul, organizada do Cruzeiro, que resultou em uma morte e cerca de 20 feridos no último domingo (27), na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã.
Logo pela manhã, os agentes estiveram na sede da Mancha Alviverde, localizada na rua Palestra Itália, zona oeste de São Paulo. Equipados com um aríete, os policiais arrombaram a porta e apreenderam diversos objetos ligados à torcida. No entanto, até o momento, não houve prisões no local.
Além da capital paulista, a operação se estende a Taboão da Serra e São José dos Campos, onde os agentes cumprem mandados em dez endereços relacionados aos suspeitos. A operação tem como alvos seis torcedores com mandados de prisão, incluindo o presidente da torcida, Jorge Luís, e o vice-presidente, Felipe Matos dos Santos.
A emboscada que motivou a operação aconteceu quando dois ônibus com torcedores da Máfia Azul foram atacados na rodovia. Durante o ataque, um dos veículos foi incendiado e o outro depredado. José Victor Miranda, um motoboy de 30 anos, foi brutalmente agredido e sofreu queimaduras em várias partes do corpo. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um dos ônibus foi incendiado, enquanto o outro foi seriamente danificado.
Participam da operação equipes do Departamento de Operações Estratégicas (Dope), Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), Grupo Especial de Reação (GER) e do Antissequestro, sob acompanhamento de integrantes do Ministério Público. Nos locais alvos das buscas, a polícia procura por três veículos suspeitos de envolvimento na emboscada, além de celulares, computadores, roupas e armas que possam auxiliar nas investigações.
De acordo com a delegada responsável pela operação, Fernanda Herbella, a prioridade é localizar e prender os envolvidos, bem como coletar provas essenciais para fortalecer o caso e aprofundar as investigações.
BRASIL 247