ONU PEDE INVESTIGAÇÃO SOBRE MORTES PERTO DE CENTRO DE AJUDA EM GAZA

A Organização das Nações Unidas (ONU) exigiu investigação independente sobre as circunstâncias que acarretaram as mortes de 21 palestinos, ocorridas na Faixa de Gaza no fim de semana. De acordo com informações da Cruz Vermelha, as vítimas buscavam ajuda em um centro humanitário em Rafah, no sul do território, quando morreram.

“Estou chocado com os relatos de palestinos mortos e feridos enquanto buscavam ajuda em Gaza ontem”, escreveu o secretário-geral da ONU, António Guterres, em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (2/6). “Apelo por uma investigação imediata e independente sobre esses eventos, e que os perpetradores sejam responsabilizados”.

Entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza

Após bloquear a entrada de ajuda humanitária em Gaza, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, voltou atrás e suspendeu o bloqueio no enclave palestino em 19 de maio.

Segundo o governo israelense, a medida visava pressionar o Hamas a entregar o restante dos reféns que ainda estão em Gaza.

A medida agravou a crise humanitária em Gaza, e também fez com que a pressão internacional contra Benjamin Netanyahu aumentasse.

Autoridades da Faixa de Gaza, ligadas ao Hamas, informaram que outras 179 pessoas ficaram feridas durante o episódio. Apesar dos relatos da Cruz Vermelha, e de organismos internacionais, como a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), o governo de Israel nega a autoria do ataque.

Em um comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) acusaram o Hamas de “fabricarem” a acusação. “As conclusões de uma investigação inicial indicam que as FDI não dispararam contra civis enquanto estes estavam perto, ou dentro do local de distruição de ajuda humanitária, e que as notícias nesse sentido são falsas”.

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