OBITUÁRIO

Vai ser velado nessa quarta feira (18), o corpo do jornalista e escritor Cícero Sandroni.

Sandroni se tornou imortal da Academia Brasileira de Letra ao ser eleito por unanimidade. Foi  conselheiro da ABI – Associação Brasileira de Imprensa.

Sandroni faleceu na terça (17), em sua residência decorrente de infecção urinária. O escritor deixa a viúva, cinco filhos e um neto.

Cícero nasceu em Minas Gerais, na adolescência foi para São Paulo. Se formou em comunicação social pela PUC do rio de Janeiro.

Sua trajetória nos meios de comunicação foi vasta. A partir de 1954, na Tribuna da Imprensa, Correio da Manhã, Jornal do Brasil, O Globo. Se especializou em política Internacional.

Foi secretário de imprensa da prefeitura do distrito federal. Participou da única mensagem que Jânio Quadros enviou para o congresso Nacional.

Foi diretor no Brasil da agência Internacional de Notícias Interpress, ao ser criada na Alemanha, na conferência de jornalistas em 1965.

Fez oposição ao regime militar ao escrever na sua coluna diária “Quatros Cantos “, no Correio da Manhã as ”atrocidades” que os militares faziam.

A livraria Edinova que Sandroni criou, foi pioneira em literatura Latino – Americana. Foi editor das revistas Fotos e Fatos, Manchete. Assinou resenhas literárias no jornal O Globo.

Em 1974, Sandroni ganhou prêmio ESSO de Jornalismo.

Ao lado de Nélida Piñom, Lídia Fagundes Telles e Hélio Silva, participou do manifesto dos mil, em que os intelectuais fizeram pressão, influenciando o término da censura no fim da ditadura.

Na segunda passagem pelo jornal do comércio, ocupando o cargo de diretor adjunto, participou da reforma gráfica do veículo criando o suplemento de cultura

Dos livros que Sandroni escreveu podemos destacar: “O século de um liberal”, esse com sua esposa Laura (1998). Fez também sobre a vida e obra do seu sogro, Austregésilo de Ataíde.

Cícero Sandroni foi eleito para ABL em 2002, tendo a cadeira número 6 que pertenceu ao jornalista Roberto Marinho. Foi presidente da instituição de 2007 a 2009.

Por Amaury Oliveira

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