‘NOITE DOS ENREDOS’: CARNAVAL 2025 TERÁ ABERTURA COM APRESENTAÇÕES DOS TEMAS DOS DESFILES NESTA SEXTA

Evento acontece nesta sexta-feira (30) na Cidade do Samba, no Rio. Todas as escolas do Grupo Especial terão aproximadamente 12 minutos cada para os minishows.

Quem está contado os dias para o Carnaval 2025 já pode ter uma pequena mostra da folia nesta sexta-feira (30). Com uma ‘experiência imersiva nos enredos’, as 12 escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro, levarão para a Cidade do Samba, na Zona Portuária, o que eles pretendem contar e abordar para os desfiles na Marquês de Sapucaí no próximo ano.

O evento, que começa às 19h, volta a acontecer após 10 anos. Além das apresentações das escolas, o batuque está garantido com a tradicional roda de samba do Cacique de Ramos. A entrada é 1 kg de alimento não perecível.

No ano que vem os foliões verão uma variedade de enredos no Sambódromo do Rio. Os temas vão desde assombrações até as histórias sobre o encontro das águas no Pará e uma homenagem para Milton Nascimento.

Neste ano, a Unidos do Viradouro se sagrou campeã com pontuação máxima com o enredo “Arroboboi, Dangbé”, do carnavalesco Tarcisio Zanon e do enredista João Gustavo Melo.

Campeã de 2023, a Imperatriz Leopoldinense ficou com o segundo lugar com o enredo “Com a Sorte Virada Pra Lua, Segundo o Testamento da Cigana Esmeralda”, de Leandro Vieira.

Carnaval na Marquês de Sapucaí — Foto: Alexandre Macieira/Riotur

O desfile de 2025 ficará marcado por ser a primeira vez em que o Grupo Especial se dividirá em três noites de desfiles. Até 1983, os cortejos eram realizados apenas no domingo. De 1984 a 2024, eles aconteciam também na segunda-feira de Carnaval. A partir do ano que vem, a terça-feira será uma das noites de desfile da elite do Carnaval carioca.

“O enredo é parte fundamental de um desfile de uma escola de samba. É importante que, cada vez mais cedo, o público se aproxime dessas histórias que serão representadas na Avenida. É uma noite de muita cultura e confraternização entre os sambistas e foliões”, conta o presidente da Liesa, Gabriel David.

Nesta sexta, cada agremiação terá aproximadamente 12 minutos para a apresentação.

Segundo Hugo Gonçalves, diretor artístico da Unidos de Padre Miguel, escola da Zona Oeste que pela primeira vez desfilará no Grupo Especial, “essa é uma experiência que vai aguçar a expectativa” de quem vai para à Avenida em 2025.

Integrantes da Unidos de Padre Miguel que encenarão na Cidade do Samba — Foto: Divulgação

Gonçalves lembra que todo o espetáculo foi produzido por componentes da escola do “Boi Vermelho”.

Para o ano que vem, a agremiação vai levar para a Marquês de Sapucaí o enredo “Egbé Iya Nassô”, que contará a trajetória da africana Iyá Nassô e do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, conhecido como o mais antigo templo afro-brasileiro ainda em funcionamento.

“É a oportunidade que temos de mostrar uma síntese do que a escola vai levar para a Avenida. É uma experiência importante para toda escola e que vai aguçar o torcedor para o ano que vem. Além disso, é a uma experiência, já que tudo foi feito pela comunidade. Desde o figurino, até a projeção do espetáculo. E eu fiz questão de que todos da comunidade fossem envolvidos. Então, está sendo uma experiência maravilhosa, desde a construção até o momento da apresentação”, conta.

Para o diretor artístico da Viradouro, Márcio Moura, “esse é um momento que o público se sente abraçado e entenda a importância do enredo”.

Em 2025, a escola de Niterói vai buscar seu 4º título da história com o enredo “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos”, que conta a história de uma entidade afro-indígena, que se manifesta como Caboclo, Mestre e Exu/Trunqueiro.

“No caso da Viradouro, a nossa preocupação é envolver os segmentos em um projeto que faça com que o público entenda a importância do enredo e que faça com que ele se sinta abraçado pela Jurema sagrada. É um espetáculo, uma apresentação musical, que nos fez olhar para dentro de nós e fazer com que o público sinta parte desse sentimento”, diz Moura.

No ano que vem os foliões verão uma variedade de enredos no Sambódromo do Rio — Foto: Pedro Kirilos/Riotur

Para o diretor artístico, “essa é uma oportunidade para reunir todos os elementos, para que tudo dê certo para o projeto (desfile)”.

“Essa é uma oportunidade de mostrar o que [a escola] tem de melhor e, principalmente, contar o início dessa história que vai ser apresentada na Avenida. Eu, como diretor artístico, pensei em construir todo um cenário cinematográfico para os bailarinos que vão apresentar esse show. Esse é o momento de testar o áudio, o vídeo… É o momento que a Tijuca vai apresentar ao Borel, aos tijucanos, os mistérios de Logun-Edé , o santo menino que velho respeita”, conta Pablo Guerreiro, que é diretor artístico da Unidos da Tijuca.

Conheça cada enredo de 2025:

Por Rafael Nascimento, Enildo Viola, g1 Rio e TV Globo

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