Como segunda cidade do país a receber o selo “Cidade Amiga das Árvores” e o prêmio “Cidade Árvore do Mundo”, que foi oferecido ao município por se destacar nos fundamentos das ações ambientais e em projetos de inclusão e reinclusão das árvores nas cidades, Niterói será sede do VI Encontro Fluminense de Arborização Urbana, que acontecerá nos dias 9 e 10 de novembro no Reserva Cultural, em São Domingos. O evento é realizado pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU) e conta com o apoio da Prefeitura por meio da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (Seconser).
No caso de Niterói, durante o evento, serão abordados temas como os avanços e iniciativas na arborização urbana na cidade como o Arboribus – projeto censitário da flora urbana em vias públicas e praças. A cidade já tem 50 mil árvores catalogadas. Este levantamento entrou como banco de dados das atividades realizadas pela Seconser. Desta forma, os serviços executados pelo setor são registrados diariamente. Com essa informação, cada árvore já catalogada no Sistema de Gestão da Goeinformação (SIGeo) é atualizada de acordo com o manejo recebido. São Ipês Rosas, Ipês Amarelos, Pau Brasil, além de jacarandás, mimosos e pau mulato.
“Os dados levantados são processados e convertidos ao formato do banco de dados específico da Prefeitura de Niterói, no SIGeo. Também entram no cadastro informações como as dimensões, copa e altura das árvores. Com estes dados, temos a classificação geral. As informações levantadas permitem enxergar um parâmetro geral de arborização, tanto em nível de diversidade quanto para interação da população com a vida arbórea da cidade”, conta a secretária municipal de Conservação e Serviços Públicos, Dayse Monassa.
A secretária destaca que as árvores jovens também são citadas. Assim, é possível saber onde estão e como se desenvolvem. Dayse Monassa enfatiza que, dentro do conjunto de características que a árvore apresenta, cada uma é classificada quanto ao risco de acidentes. A base das informações se dá a partir de vistorias feitas pelas equipes. Cada árvore classificada como “urgência”, por exemplo, é abrangida pelo programa de protocolo de segurança, que age de forma rápida para evitar acidentes e perdas para a cidade
São informações como o endereço, aspectos gerais quanto à saúde da árvore, dados quanto à estatura, nomes populares e científicos. Estas informações são importantes para que todos saibam que esse patrimônio está sendo cuidado e preservado. Esses dados também podem contribuir em estudos sobre temas ambientais e sociais.
Guia Botânico de Niterói – A cidadetambém lançou,em 2019, pela Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS), o Guia Botânico de Niterói. O trabalho catalogou 81 árvores e mais de 60 espécies, que foram identificadas como relevantes para o município. O Guia Botânico apresenta fotos e descrição de cada espécie, incluindo nome científico, família, nome popular e localização. Foram ainda incluídas informações sobre a ocorrência da espécie e período de floração.
A obtenção dos dados foi feita por meio de vistorias realizadas pelo Setor de Áreas Verdes da SMARHS e também com o apoio da população, pelas redes sociais, que indicou árvores que foram vistoriadas pela equipe técnica.
“As árvores são elementos essenciais no planejamento urbano. Dentre as diversas funções que ressaltam sua importância, estão a redução do calor; diminuição de ruídos; absorção do carbono atmosférico; infiltração da água da chuva e diminuição do escoamento superficial; filtração de poluentes do ar; abrigo da fauna urbana; promoção de bem-estar, beleza cênica e cooperam na manutenção da saúde humana”, explicou o secretário de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, Rafael Robertson.
Prêmio internacional – Niterói já havia recebido no ano passado o selo de “Cidade Árvore do Mundo”, concedido pelo programa Tree Cities of The World, administrado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pela Arbor Day Foundation.
VI Encontro Fluminense de Arborização Urbana – Vão representar a Prefeitura de Niterói no evento a secretária municipal de Conservação e Serviços Públicos, Dayse Monassa e o biólogo Alexandre Moraes, diretor de arborização da Seconser.
O encontro será dividido em quatro temáticas: produção de mudas, o papel das universidades gerando pesquisas e formando profissionais, experiências exitosas de prefeituras do estado do Rio e novas tecnologias para serem usadas na arborização. Haverá ainda uma palestra sobre supressão de árvores com base na análise de risco e a comunidade.
A secretária Dayse Monassa comentou sobre o encontro chamando atenção para a influência das mudanças climáticas sobre o tema. “As mudanças climáticas já começaram e Niterói estará preparada, no que diz respeito à arborização urbana que hoje é moderna e segura”.
O biólogo Alexandre Moraes destacou a importância do evento. “É sempre importante técnicos trocarem experiências em silvicultura urbana e o que se está praticando de técnicas e abordagens no segmento de arborização. Niterói tem um carinho especial por suas áreas verdes e será bastante produtiva essa troca”.
Outros palestrantes de destaque serão o professor João Vicente Latorraca (Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Arborização Urbana da UFRRJ), a professora Jeanne Trindade (ex-presidente da SBAU, a professora do IBMR Marcella Sant’Anna (secretária-adjunta de Meio Ambiente e Saneamento de Cabo Frio) e Nestor Prado Júniro (secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca de Rio das Ostras).
SERVIÇO:
VI Encontro Fluminense de Arborização Urbana
Datas: 09 e 10/11
Local: Auditório do Reserva Cultural – Av. Visconde do Rio Branco, 880 – São Domingos,
Horários:
Primeiro dia
7h30 às 9h (credenciamento)
9h às 17h (palestras, com parada de 1h45 para almoço)
Segundo dia
8h às 17h30 (palestras, com parada para almoço e apresentação da próxima cidade que sediará o evento).