NÍSIA TRINDADE ABRAÇA PERFIL POLÍTICO E INTENSIFICA AGENDA COM PARLAMENTARES

Mudança de postura está de acordo com as indicações da articulação política do governo, que busca aumentar o contato dos ministros com o Congresso

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, tem adotado um perfil mais político e aumentado sua agenda com políticos nos últimos dias. Essa mudança de postura está em consonância com as indicações da articulação política do governo federal, que busca aumentar o contato dos ministros com parlamentares.

À exemplo, a chefe da pasta realizou uma reunião, na quarta-feira (21), com a bancada do Rio de Janeiro na Câmara dos Deputados.

Leia a composição: Laura Carneiro, do PSD-RJ, Áureo Ribeiro, do Solidariedade-RJ, Bandeira de Mello, do PSB-RJ, Bebeto, Júlio Lopes e Luiz Antônio Corrêa, do PP-RJ, Caio Vianna, do PSD-RJ, Chico Alencar, Talíria Petrone e Tarcísio Mota, do PSOL-RJ, Jandira Feghali do PCdoB-RJ, Otoni de Paula do MDB-RJ, e Roberto Monteiro, do PL-RJ.

Com um dos maiores orçamentos entre os ministérios, a pasta de Nísia Trindade desperta o interesse do Centrão. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem pressionado o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para nomear um aliado do seu partido para o cargo.

Também na quarta, Lira se reuniu com Nísia, e cobrou a liberação de emendas da Saúde. Como apurou a reportagem de O Tempo em Brasília, deputados têm reclamado da dificuldade da pasta em conseguir os recursos, além de entraves na comunicação.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo, afirmou recentemente que o Ministério da Saúde não está sujeito a nenhuma cota partidária.

Nesta semana, durante uma entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro” da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) Nísia Trindade comentou o que está “tranquila” no cargo e que sua permanência é uma prerrogativa do presidente Lula.

A ministra não é filiada a nenhum partido político. Reconhecida por sua expertise técnica, ela é vista como uma escolha pessoal do presidente, especialmente pela sua atuação na Fundação Oswaldo Cruz (2017-2022). No programa, ela também mencionou sua trajetória dedicada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e à defesa da democracia.

Por Por Gabriela Oliva e Manuel Marça – Tempo

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