NETANYAHU JÁ MATOU MAIS DE 500 CRIANÇAS PALESTINAS DESDE QUE QUEBROU O CESSAR-FOGO

Líder genocida vem conduzindo um holocausto sem nenhuma reação internacional

Desde que Israel rompeu o cessar-fogo com o Hamas em 18 de março, pelo menos 1.500 palestinos foram mortos em bombardeios e ataques aéreos, incluindo mais de 500 crianças, segundo a Defesa Civil de Gaza e o Ministério da Saúde palestino. O território, já devastado por seis meses de guerra, foi descrito por autoridades da ONU como uma “zona de matança pós-apocalíptica”.

Reportagrem da Al Jazeera aponta que o chefe da UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos), Philippe Lazzarini, afirma que a situação em Gaza ultrapassa os limites da catástrofe humanitária. Em declarações feitas no Fórum de Diplomacia de Antália, na Turquia, ele acusou Israel de bloquear deliberadamente a entrada de alimentos, medicamentos e combustível — uma violação direta do direito internacional.

Neste sábado (12), ataques israelenses mataram ao menos 20 pessoas em 24 horas, entre elas uma criança. Na cidade de Gaza, duas pessoas morreram e outras duas crianças ficaram feridas no bairro de Tuffah. Em Beit Lahiya, no norte, outras duas pessoas foram mortas no distrito de al-Atatra, enquanto ataques de drones e bombardeios atingiram a área de Khan Younis, inclusive a região costeira de al-Mawasi, anteriormente declarada por Israel como “zona segura”.

A repórter Hind Khoudary, da Al Jazeera, relatou de fora do Hospital Al-Ahli, em Deir el-Balah, o caso da recém-nascida Sham, que teve o braço amputado e não resistiu aos ferimentos após um ataque aéreo atingir sua família. “Ela morreu poucas horas depois. O ferimento era muito grave e os médicos não conseguiram salvá-la”, afirmou.

A situação nos hospitais é alarmante. Profissionais de saúde denunciam que, além do colapso nos serviços médicos, faltam insumos básicos: anestésicos, antibióticos, e até mesmo água potável. “As ambulâncias chegam todos os dias e a maioria dos feridos ou mortos são mulheres e crianças”, relatou Khoudary. Segundo a UNRWA, os estoques estão esgotados e “bebês e crianças vão dormir com fome”.

Bombardeios seletivos contra civis: 36 ataques mataram somente mulheres e crianças

A ONU documentou que 36 dos 224 ataques israelenses entre 18 de março e 9 de abril resultaram exclusivamente na morte de mulheres e crianças. A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, afirmou que os dados revelam um padrão claro de ataques desproporcionais e indiscriminados.

A organização palestina de direitos humanos Al-Haq foi ainda mais longe. Em comunicado, afirmou: “Um esforço tão calculado para exterminar mulheres, meninos, meninas e até mesmo bebês não foi testemunhado em nenhum outro conflito moderno”.

Deslocamento forçado em massa e planos de ocupação

Desde a retomada da ofensiva, mais de 400 mil palestinos foram deslocados à força, segundo a UNRWA. Isso se soma aos 90% da população de Gaza — cerca de 2 milhões de pessoas — que já haviam sido forçadas a fugir desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.

Israel, por sua vez, declarou que continuará sua ofensiva militar e já delineia planos para ocupar novas áreas no sul de Gaza. Novas ordens de evacuação foram emitidas no sábado para as regiões de Shujayea e Khan Younis. “Os palestinos não sabem mais para onde ir”, relatou a jornalista da Al Jazeera.

O número total de mortos desde o início do conflito ultrapassa 50.000 palestinos, com mais de 115.000 feridos. A magnitude da destruição, a interrupção sistemática da ajuda humanitária e o uso de força desproporcional por Israel geram crescente condenação internacional e intensificam os apelos por um cessar-fogo imediato.

Por Brasil 247

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