Primeiro-ministro de Israel ameaça estender a operação genocida na Faixa de Gaza para o Líbano
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou uma grave advertência na terça-feira (9), afirmando que as forças israelenses eliminaram os possíveis sucessores do líder do grupo Hezbollah, Hassan Nasrallah, no Líbano. Ele alertou para uma possível “longa guerra que levará à destruição e sofrimento como vemos em Gaza”. A mensagem foi divulgada por Netanyahu em um vídeo oficial, elevando o tom diante das recentes operações israelenses no território libanês, relata o Metrópoles.
De acordo com as informações, Nasrallah, líder do Hezbollah, foi morto em um ataque aéreo em Beirute, em setembro. “Degradamos as capacidades do Hezbollah. Eliminamos milhares de terroristas, incluindo o próprio Nasrallah e o substituto de Nasrallah, e o substituto do substituto”, declarou Netanyahu, sem mencionar nomes específicos. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, também reforçou a possível morte do sucessor de Nasrallah, mas não esclareceu quem seria o “substituto do substituto”.
Além disso, nesta terça-feira, o Exército israelense confirmou a morte de Suhail Husseini, considerado responsável pela logística, orçamento e gestão do Hezbollah. Husseini, que ocupava uma posição no conselho militar do grupo, era encarregado de coordenar a transferência de armamentos do Irã para as diversas unidades do Hezbollah.
Ultimato ao governo libanês – Netanyahu afirmou que, em sua visão, o Hezbollah está “mais fraco do que esteve por muitos, muitos anos”. O primeiro-ministro fez um apelo ao governo do Líbano para que retome o controle do país e busque a paz, enfatizando a determinação de Israel: “Israel tem o direito de se defender. Israel também tem o direito de vencer. E Israel vencerá”.
Ele destacou que o povo libanês tem a oportunidade de evitar uma tragédia maior. “Vocês têm uma oportunidade de salvar o Líbano antes que ele caia no abismo de uma longa guerra que levará à destruição e sofrimento como vemos em Gaza. Não precisa ser assim”, afirmou. Israel já matou mais de 40 mil palestinos desde 7 de outubro de 2023, em uma verdadeira operação militar genocida na Faixa de Gaza.