Juíza Patricia Pereira Krebs Tonet reforçou a gravidade das acusações para manter a prisão
A Justiça do Rio Grande do Sul negou mais uma vez o pedido de liberdade de Nego Di e de seu sócio, Anderson Boneti. A decisão foi assinada pela juíza Patricia Pereira Krebs Tonet, que reforçou a gravidade das acusações contra ambos. Segundo a magistrada, “os indícios de autoria e materialidade identificados ainda na fase investigativa seguem inalterados, impedindo que se conclua pela eficácia de medidas mais brandas diversas da prisão”. A informação foi publicada pelo G1.
Em resposta à decisão, a defesa de Nego Di utilizou as redes sociais para argumentar que o influenciador “estava ressarcindo as vítimas desde 2022 e que nunca teve intenção de lesar seus seguidores”. No entanto, as alegações não foram suficientes para mudar o entendimento da Justiça, que considera que as evidências contra Nego Di e seu sócio continuam sólidas. A defesa de Anderson Boneti não foi localizada para comentar o caso.
As investigações apontam que Nego Di é acusado de crimes de estelionato qualificado por fraude eletrônica em 17 ocorrências. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, ele e seu sócio teriam lesado mais de 370 pessoas entre março e julho de 2022. Durante esse período, o site Tadizuera, administrado por ambos, recebeu pedidos para a venda de produtos como televisores, celulares e eletrodomésticos. No entanto, de acordo com a denúncia, os clientes não teriam recebido os itens adquiridos, nem o ressarcimento dos valores pagos.
A movimentação financeira identificada pela Polícia Civil nas contas ligadas a Dilson, nome verdadeiro de Nego Di, ultrapassa R$ 5 milhões, sugerindo um esquema de grande alcance. Relatos indicam que o influenciador utilizava sua popularidade nas redes sociais para impulsionar as vendas, com anúncios que atingiam um público nacional. Há inclusive registros de vítimas fora do Rio Grande do Sul, o que reforça a dimensão do suposto golpe.
O histórico de Nego Di e as polêmicas após o ‘BBB21’
Após sua participação no reality show “Big Brother Brasil 21”, Nego Di manteve uma presença ativa nas redes sociais, onde promovia rifas e sorteios. Contudo, a prática foi alvo de investigações pelo Ministério Público, e recentemente ele e sua companheira foram alvos de uma operação que apura a legalidade dessas ações. Antes de sua prisão, Nego Di chegou a mencionar em áudio a prática de “estornos estratégicos”, o que levantou suspeitas sobre a forma como geria os valores recebidos pelos sorteios.
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