Dados do Relatório de Transparência Salarial e Igualdade revelam que a remuneração média de mulheres negras, de R$ 2.864,39, é 47,5% inferior à de homens não negros, que têm salário médio de R$ 4.745,53. Em 2023, esse percentual era de 50,3%. A partir do recorte racial, a média salarial dos homens negros foi de R$ 3.647,97. O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (7) pelo governo federal, também aponta que as mulheres recebem, em média, 20,9% a menos que homens.
No total, informações de 53.014 estabelecimentos com 100 ou mais empregados foram coletadas para análise, com base no Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) de 2024.
Na remuneração média, os homens ganhavam R$ 4.745,53, enquanto as mulheres recebiam R$ 3.755,01. O Distrito Federal foi a unidade da federação com a melhor remuneração média para mulheres (R$ 5.656,33), enquanto Roraima teve o pior dado (R$ 2.167,97). Em nota divulgada pelo Ministério das Mulheres, a ministra Cida Gonçalves defende “mudanças estruturais na sociedade” como forma de avançar na igualdade salaria. “A desigualdade salarial entre mulheres e homens persiste porque é necessário que haja mudanças estruturais em nossa sociedade, desde a responsabilidade das mulheres pelo trabalho do cuidado à mentalidade de cada empresa, que precisa entender que ela só irá ganhar tendo mais mulheres compondo sua força de trabalho, e com salários maiores”, destaca Gonçalves.
por Brasil de Fato