A operação contou com o apoio do MPT e da PRF
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), juntamente com a Secretaria de Inspeção do Trabalho, liberou 66 trabalhadores encontrados em condições degradantes no Piauí e em Goiás.
Em Goiás, na cidade de Trindade, 49 trabalhadores oriundos de Maranhão, Minas Gerais e São Paulo foram resgatados na terça-feira de duas pensões. Segundo o MTE, esses indivíduos enfrentavam jornadas exaustivas, chegando a 12 horas de trabalho diário sem pausas para alimentação. Ademais, os trabalhadores estavam vulneráveis, pois não possuíam equipamentos de proteção e não tinham acesso a banheiros nem água potável.
A situação no Piauí, em Castelo do Piauí, não era diferente. Durante uma operação realizada entre os dias 25 de setembro e 4 de outubro, 17 trabalhadores foram resgatados pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) do MTE. Nesse contexto, a pasta destacou que 11 desses trabalhadores não tinham qualquer vínculo empregatício, mesmo cumprindo todas as obrigações de um emprego formal. Faltavam contratos, direitos eram negligenciados e os pagamentos eram realizados por meio de diárias.
Além do desrespeito aos direitos trabalhistas, as condições de vida desses trabalhadores eram desumanas. Eles eram submetidos a acomodações em situação deplorável, sem camas, obrigados a dormir em redes. A falta de saneamento básico os obrigava a buscar um riacho próximo para suas necessidades. A alimentação era inadequada e a água, não potável.
Uma boa notícia é que, após o resgate, todos os 49 trabalhadores de Goiás foram cadastrados no sistema “Seguro-Desemprego de Trabalhador Resgatado”, garantindo a eles acesso a três parcelas do benefício, cada uma no valor de um salário mínimo.
A iniciativa do MTE não foi isolada. A operação contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), fortalecendo o combate ao trabalho escravo em território brasileiro.