Ex-ministro aponta que relações do MPF, Funai e Ibama com interesses dos Estados Unidos são inaceitáveis
O ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo denunciou a tentativa do Ministério Público Federal (MPF) e de outras alas do Judiciário de demarcar uma nova terra indígena justamente no local que pode abrigar uma das maiores e mais promissoras reservas de potássio do mundo. O potássio é um insumo vital para o agronegócio, que tem de importar cerca de 80% do produto ao custo de bilhões de reais.
Autazes, no estado do Amazonas, é objeto de um grupo de estudos criado pela Funai no início de agosto, que terá 180 dias para apresentar uma série de estudos. No entanto, Rebelo aponta em artigo na Gazeta do Povo que “a proposta de demarcação não tem origem em uma reivindicação dos gupos indígenas, mas na orientação do MPF e deste à Justiça, e desta à Funai”.
Ele cobra uma resposta do Congresso Nacional à iniciativa do MPF e da Funai. “O Brasil é desafiado a enfrentar o abuso das corporações públicas (MPF, Funai e Ibama), e suas relações inaceitáveis com as teses defendidas por interesses internacionais para a Amazônia, em prejuízo da soberania nacional e dos direitos da população da região ao pleno desenvolvimento”, escreve o ex-ministro.
Por Brasil 247