Os motoristas saíram do carro para protestar com faixas e cartazes. Manifestação saiu da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, até o Aeroporto Santos Dumont.
Motoristas de aplicativo realizam uma carreta na manhã de terça-feira (26) que saiu da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, até o Aeroporto Santos Dumont, na Região Central da cidade. A manifestação é contra a PL 12/2024, proposta que cria um pacote de direitos trabalhistas para a categoria.
Durante a manhã, o protesto ocupou duas faixas no acesso ao aeroporto. Os motoristas saíram dos carros para protestar com faixas e cartazes.
Os motoristas presentes no protesto contam que não são contrários a regulamentação dos direitos dos condutores de uma forma geral, mas destacam que não concordam com o atual formato do projeto.
“Existem pautas que não nos representam, que não foram votadas por nós. Não somos contra as propostas de regulamentação, mas sim alguns pontos como, por exemplo, R$ 32 a hora trabalhada. Isso é totalmente injusto”, destacou um motorista.
Os condutores reclamam também dos descontos feitos pelos aplicativos.
“Querem nos limitar a trabalhar 8 horas por dia, sendo que seria R$ 32 a hora”, contou.
O projeto enviado pelo governo federal atualmente conta com as seguintes propostas e foi recebido com uma série de críticas por grupos que representam a classe. São elas:
➡️ jornada de trabalho poderá chegar a 12 horas por plataforma;
➡️ motorista que cumprir 8 horas diárias não poderá receber menos do que R$ 1.412;
➡️ criação da categoria “trabalhador autônomo por plataforma”;
➡️ mulheres terão acesso a direitos previdenciários previstos no Auxílio Maternidade;
➡️ o motorista poderá escolher quando trabalhar e não haverá vínculo de exclusividade;
➡️ haverá um sindicato da categoria;
➡️ transparência sobre as regras de oferta de viagens;
➡️ trabalhador deverá ter remuneração mínima;
➡️ a hora trabalhada deverá ter valor mínimo de R$ 32,10.
Além disso, as novas regras não significam vínculo de trabalho entre os motoristas e os aplicativos. Então, eles não estarão enquadrados na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Por G1