Tecnologia que ganhou o Nobel teve sua patente questionada no Escritório Europeu de Patentes por outras farmacêuticas
A farmacêutica Moderna teve a patente da tecnologia para a produção de vacinas mRNA invalidada pelo Escritório Europeu de Patentes (EPO, em inglês) nesta terça-feira (21/11).
A plataforma de mRNA para a produção de vacinas acelerou o desenvolvimento de imunizantes contra Covid-19 e é considerada bastante promissora para tratamento e prevenção de outras doenças.
A disputa foi iniciada pela própria Moderna, que processou as empresas BioNTech e a Pfizer por estarem usando a tecnologia para criar imunizantes.
Em resposta, as farmacêuticas alegaram que a patente da tecnologia mRNA deu à Moderna poderes excessivos e que limitavam o desenvolvimento de pesquisas na área de saúde, incluindo de tratamentos contra o câncer que estavam sendo investigados.
Além disso, a tecnologia não havia sido criada pela Moderna, apenas aplicada pela farmacêutica em larga escala, o que torna a exclusividade frágil do ponta de vista dos adversários comerciais.
Um comunicado da BioNTech obtido por agências internacionais “saudou” a quebra da patente. “Acreditamos que esta e outras patentes da Moderna não atendem aos requisitos para concessão e nunca deveriam ter sido concedidas”, diz o texto.
A Moderna afirmou que não concorda com a decisão e que irá recorrer. A próxima sessão do EPO sobre o tema será em 12 de dezembro.
A tecnoclogia de mRNA para a criação de vacinas é uma revolução tecnológica na área saúde tão forte que ganhou o Nobel de Medicina em 2023. Os imunizantes carregam o código genético do vírus para ensinar as células do sistema imunológico do corpo a combater o invasor.
Por esses motivos, os cientistas sugerem modos alternativos e menos impactantes para transportar as commodities produzidas em cada país até terminais de exportação, como as ferrovias.
Não bastando os riscos socioambientais da megaobra de infraestrutura, a hidrovia paraguai-paraná pode ser a principal rota para saída de drogas ilícitas na América do Sul.
Conforme o portal argentino infobae, os narcóticos chegam em voos clandestinos no Paraguai e, dali, tomam carona em embarcações rumo à Europa e outras regiões do planeta.
Em 2021, por exemplo, 23 toneladas de cocaína foram apreendidas em contêineres em portos da Alemanha e da Bélgica. As cargas chegaram aos países europeus num navio que partiu do Paraguai.
Autoridades dos Estados Unidos, Colômbia e Brasil alertam que sobretudo o Chaco paraguaio se tornou um território chave do narcotráfico graças à falta de controle governamental, traz a reportagem.
As conclusões são de uma investigação apoiada pelo Projeto de Reportagem sobre Crime Organizado e Corrupção (OCCRP, sigla em Inglês) e pelo Centro Latinoamericano de Investigação Jornalística (CLIP, sigla em Espanhol).
Por Bruno Bucis