A atmosfera de Netuno tem uma enorme mancha escura com um inesperado ponto brilhante adjacente mais pequeno, descoberta agora, na primeira vez que este tipo de fenómeno no gigante gasoso é observado com um telescópio a partir da Terra.
O registo foi alvo de um estudo publicado hoje na revista Nature Astronomy por uma equipa internacional de cientistas que utilizaram dados do VLT do ESO para excluir a possibilidade de as manchas escuras – estruturas comuns nas atmosferas dos planetas gigantes – serem causadas por uma “abertura” nas nuvens.
As novas observações indicam, em vez disso, que as manchas escuras são provavelmente devidas ao escurecimento de partículas de ar numa camada abaixo da camada principal de neblina visível, à medida que os gelos e as neblinas se misturam na atmosfera de Neptuno..
A mancha escura torna-se mais proeminente para comprimentos de onda mais pequenos (mais azuis). Mesmo ao lado desta mancha escura, o MUSE capturou também uma pequena mancha brilhante, que podemos ver apenas na imagem do meio de 831 nm e que se situa em profundidade na atmosfera.