Maior parte dos ministros, porém, presenciou o desfile cívico-militar em Brasília, onde o ambiente era “controlado”. Depois, almoçaram com Lula
No sábado, 7 de setembro, a segurança dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foi motivo de preocupação. A área responsável pela proteção dos magistrados emitiu uma orientação clara: evitem sair de casa e circular pelas ruas em seus estados de origem, segundo relata Bela Megale, do jornal O Globo. Essa medida preventiva foi adotada especialmente para os que estivessem em São Paulo, onde uma manifestação com ataques à Corte estava prevista.
O protesto bolsonarista na Avenida Paulista, convocado para pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, reuniria um grande número de pessoas descontentes com o STF. A avaliação da equipe de segurança do tribunal era de que o ambiente estaria carregado de tensões, o que aumentaria os riscos para os magistrados. Durante o ato, que contou com a presença de Jair Bolsonaro (PL), Moraes foi chamado de “ditador”, e o Senado foi instado a “frear” as ações do ministro. O evento teve como organizador o pastor e empresário Silas Malafaia, que chegou a pedir publicamente a prisão de Moraes.
Apesar da recomendação de manterem-se resguardados, alguns ministros optaram por comparecer ao desfile oficial de 7 de setembro em Brasília, a convite do governo Lula (PT). Entre os presentes estavam o próprio Alexandre de Moraes, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, além de Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes e Edson Fachin. Após o desfile, os magistrados participaram de um almoço no Palácio da Alvorada, organizado pelo presidente Lula.
Sobre a presença no evento em Brasília, a área de segurança do STF não demonstrou preocupação, considerando o ambiente seguro e “controlado”. Para garantir a proteção dos ministros, representantes da segurança do tribunal participaram de uma série de reuniões com autoridades, assegurando uma forte presença policial e a atuação de agentes de inteligência no local.