Ações alertam sobre riscos e prejuízos causados pelo tabagismo, principalmente entre crianças e adolescentes
Crianças e adolescentes são vítimas do uso de produtos de tabaco. A OMS alerta que novos produtos, como cigarros eletrônicos, e informações enganosas da indústria do tabaco, levam a uma iniciação ao tabagismo precoce. Jovens que usam cigarros eletrônicos têm duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros posteriormente. O tema do Dia Mundial Sem Tabaco 2024, em 31 de maio, é “Proteção das crianças contra a interferência da indústria do tabaco”, lançado pelo Ministério da Saúde e o INCA.
A campanha visa promover uma mudança de comportamento e proteger as novas gerações, alertando sobre as táticas da indústria para atrair jovens. “O Dia Mundial Sem Tabaco de 2024 destaca a proteção das crianças contra a influência prejudicial da indústria do tabaco, crucial para o futuro da saúde pública”, afirmou Roberto Gil, diretor-geral do INCA.
Durante o evento de lançamento, o INCA apresentou um estudo sobre o impacto econômico e de saúde do tabagismo no Brasil, coordenado pela Conicq. O secretário de Atenção Especializada à Saúde, Adriano Massuda, enfatizou a necessidade de fortalecer ações de promoção de saúde voltadas para jovens.
A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019 revelou que 16,8% dos adolescentes de 13 a 17 anos já experimentaram cigarro eletrônico. A experimentação foi maior entre os homens (18,1%) e variou por região.
Os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) possuem substâncias tóxicas, incluindo nicotina, que afetam negativamente o desenvolvimento cerebral de jovens. Desde 2009, a Anvisa proíbe a comercialização e publicidade desses dispositivos no Brasil. O Ministério da Saúde coordena o Programa Nacional de Controle do Tabagismo no SUS, reduzindo o número de usuários de tabaco e promovendo ambientes livres de fumaça. As políticas de saúde e educação, como o Programa Saúde na Escola (PSE), promovem a saúde integral e a cidadania.