MILITARES INVESTIGADOS POR PLANO GOLPISTA TEMEM QUE GENERAL ENVOLVIDO VIRE DELATOR

Em seu depoimento à PF, o general Estevam Theophilo respondeu às perguntas dos investigadores, ao contrário de outros militares do governo Bolsonaro que optaram pelo silêncio

Militares investigados pelo suposto planejamento de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão preocupados com a possibilidade do general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, ex-integrante do Alto Comando do Exército no governo Jair Bolsonaro (PL), se tornar um delator.

O general, ao contrário de outros integrantes da Força, decidiu falar durante o seu depoimento à Polícia Federal (PF) nas investigações sobre a tentativa golpista, que teria sido engendrada por Jair Bolsonaro (PL), assessores, ministros e militares que integravam o governo passado.

Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, o depoimento do general, que atuou como comandante de Operações Terrestres entre março de 2022 e novembro de 2023, “causou apreensão” entre os militares investigados e “alguns fardados não descartam a possibilidade de Theophilo decidir colaborar com a PF – como já fez o tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, que foi ajudante-de-ordens de Bolsonaro durante todo o mandato”.

Conforme apurado pela Polícia Federal, em 9 de dezembro de 2022, Theophilo teria se reunido com Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Durante esse encontro, supostamente teria concordado com a adesão ao golpe de Estado, desde que o presidente assinasse a medida, conforme revelado por conversas e mensagens encontradas no celular de Mauro Cid. Ainda segundo a reportagem, “um dos temores é o de que Theophilo detalhe a suposta participação de Freire Gomes, que foi o último comandante do Exército durante o governo Bolsonaro, e de outros militares investigados no roteiro do golpe”.

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