A orientação dos acusados de crimes era que o responsável pela ação gravasse um vídeo do incêndio para que a quantia fosse paga
Milicianos que ordenaram os ataques na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro (RJ) ofereceram R$ 500 por cada ônibus incendiado. A orientação era ter vídeo da ação para que a quantia fosse paga, de acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (25) pelo portal G1. Bandidos incendiaram 35 ônibus e um trem na última segunda (23), o que levou ao fechamento da parte do comércio e à suspensão de aulas em escolas municipais na região onde aconteceram os incêndios. Foi o dia com mais coletivos queimados por ordens de criminosos na história da cidade, informou o Rio Ônibus. Ao menos 300 agentes da Força Nacional e um número de 240 a 250 policiais rodoviários federais trabalham na área da segurança pública do estado.
Os ataques ao sistema de transporte aconteceram após a morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Teteu e Faustão. Ele morreu em uma troca de tiros com a Polícia Civil. É sobrinho do miliciano Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, na comunidade Três Pontes. Tandera é chefe de outra milícia, e Abelha, chefe do Comando Vermelho, a maior facção do tráfico do estado do Rio.
Pelo menos 14 prisões foram feitas. Nesta quarta, policiais prenderam mais dois acusados de crime. Wellington Silva Mendes de Mesquita, de 40 anos, preso na favela César Maia, em Vargem Pequena, também na Zona Oeste. Ele foi levado para a 42ª DP (Recreio), onde ficará à disposição da Polícia Civil para as investigações.
Um outro homem, apontado como integrante da milícia de Zinho, foi preso em na comunidade da Carobinha, em Campo Grande, na Zona Oeste da capital, após cruzamento de dados e um trabalho de inteligência. Ele foi autuado por porte ilegal de arma de fogo e constituição de milícia privada. Existem quatro mandados de prisão por roubo contra ele. Com o miliciano foram encontrados uma pistola calibre 9mm, carregador, munição e fardamento militar.