Presidente argentino criticou a suspensão da plataforma no Brasil
O presidente da Argentina, Javier Milei, reuniu-se com o empresário Elon Musk, CEO da Tesla e da plataforma X (antigo Twitter), em Nova York nesta segunda-feira (23). A informação foi divulgada pela Rede Argentina, que destacou a viagem de Milei para participar da Cúpula da ONU. O encontro foi o terceiro entre os dois desde que Milei assumiu a presidência argentina.
A reunião contou também com a presença do Ministro da Economia, Luis Caputo, e da Secretária Geral da Presidência, Karina Milei. Segundo o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, o encontro foi produtivo e focou em temas de desregulamentação econômica e no programa de investimentos RIGI, que visa atrair capital estrangeiro para os setores de energia e mineração da Argentina. “Grande reunião com Elon Musk: falaram sobre o processo de desregulamentação que está sendo realizado, todos os detalhes do RIGI, as implicações da Lei de Bases e o caminho que a Argentina está tomando em seu retorno à normalidade”, destacou Adorni em suas redes sociais.
Milei também aproveitou a oportunidade para criticar o Brasil, que desde o fim de agosto suspendeu o funcionamento da rede social X por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A suspensão foi uma punição pelo descumprimento das leis e diretrizes brasileiras pela plataforma de Musk. O presidente argentino expressou sua insatisfação com a medida brasileira, adotada no início de setembro, e reiterou seu apoio ao empresário.
A imagem divulgada da reunião mostrou os quatro participantes posando com os polegares levantados, enquanto Musk usava um chapéu com o famoso slogan “Make America Great Again”, associado à campanha presidencial do republicano Donald Trump.
Apesar da tentativa de impulsionar sua agenda internacional e de atração de investimentos, Milei tem enfrentado desafios em seu país. Após discursar para investidores na abertura das negociações na Bolsa de Valores de Nova York, o presidente argentino fez declarações polêmicas sobre sua postura fiscal. “Não estou disposto a sacrificar o déficit fiscal”, disse ele, reiterando sua defesa de cortes nas despesas do governo. Essas medidas, no entanto, têm afetado sua popularidade internamente, especialmente depois de seu veto ao aumento da pensão, que foi amplamente criticado.
Por 247