O presidente da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza, direita), assinou na terça feira (9), em evento na Casa Histórica de Tucumán, o “Pacto de Maio”. Este acordo, descrito por Milei como “um ato de grandeza” e “amor ao país”, estabelece 10 metas econômicas e sociais.
Depois de meses de negociações, o presidente argentino escolheu assinar o acordo em 9 de julho para coincidir com o aniversário da declaração de independência da Argentina, realçando o simbolismo para o evento. A cerimônia contou com a presença de 18 dos 23 governadores provinciais e dos ex-presidentes Mauricio Macri e Adolfo Rodríguez Saá.
Na ocasião, o presidente argentino disse em discurso que, apesar das divergências, os presentes assinaram a Ata “em resposta ao apelo que lhes foi feito pelo povo argentino” e assegurou que “é sem dúvida o símbolo de uma mudança de época”.
O “Pacto de Maio” propõe 10 conceitos “intransigentes“, definidos por Milei:
– inviolabilidade da propriedade privada;
– equilíbrio fiscal;
– redução dos gastos públicos;
– educação com alfabetização plena e sem evasão escolar;
– reforma tributária;
– rediscussão da co-participação na legislação federal;
– exploração dos recursos naturais do país;
– reforma trabalhista;
– reforma das pensões;
– abertura ao comércio internacional.
A cerimônia foi marcada pelas ausências de integrantes da Suprema Corte, representantes sindicais e os ex-presidentes Cristina Kirchner e Alberto Fernández. Essas ausências foram interpretadas como resistência às propostas do pacto.
Foram registradas manifestações no lado de fora da Casa Histórica de Tucumán durante a cerimônia. Ao menos 3 pessoas foram presas.