MERCADO VÊ INFLAÇÃO ‘NA META’ APÓS SURPRESA POSITIVA EM SETEMBRO

Bom desempenho permitirá potencialmente dois novos cortes de 0,5 ponto percentual na taxa Selic até o final do ano

– O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro registrou um aumento de 0,26%, superando ligeiramente os 0,23% de agosto, conforme anunciado pelo IBGE em 11 de outubro. A taxa acumulada em 12 meses subiu para 5,19%, em comparação com 4,61% até agosto.

Surpreendendo as expectativas do mercado, que previam uma variação de até 0,38%, o IPCA mais baixo em setembro reacendeu a possibilidade de a inflação deste ano ficar abaixo do teto da meta de 4,75% estabelecida pelo Banco Central, permitindo potencialmente dois novos cortes de 0,5 ponto percentual na taxa Selic até o final do ano, informa o Estadão Conteúdo.

Após o anúncio, a LCA Consultores reduziu sua projeção de inflação para 2023 de 4,8% para 4,7%, abaixo do teto da meta. Outras instituições mantiveram estimativas entre 4,8% e 4,9%, reconhecendo um viés de baixa nas projeções. O Barclays destacou a redução da diferença entre os preços domésticos e internacionais dos combustíveis como um indicativo de possível inflação mais baixa.

Quanto à taxa de juros, instituições como Barclays, BTG Pactual, Sicredi e B. Side Investimentos mantiveram a previsão de cortes de 0,5 ponto na Selic. A perspectiva é que a inflação permaneça próxima à meta de 4,75% no final de 2023.

Em relação aos componentes da inflação, os aumentos nos preços da gasolina e das passagens aéreas foram responsáveis por cerca de 80% da inflação em setembro, enquanto os preços dos alimentos caíram pelo quarto mês consecutivo, contribuindo para conter a inflação.

Por 247

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