Inaugurado em julho de 2023, o Mercado Municipal de Niterói parecia ser a grande novidade para a cidade. Celebrado pela gestão do ex-prefeito Axel Grael, o mercado foi reformado com um investimento de R$ 69 milhões, sendo R$ 30 milhões apenas na revitalização do prédio histórico que estava abandonado há quase 40 anos. O novo espaço, com 9.700 metros quadrados, prometia ser um polo de gastronomia, cultura e lazer, com 172 lojas de tudo um pouco: de charcutaria e peixaria a cervejarias e artesanato.
A ideia parecia ótima, principalmente considerando o fato de o prédio ser um marco arquitetônico da região portuária de Niterói, com influências art déco e neoclássicas. Localizado perto da saída da Ponte Rio-Niterói e do Centro de Niterói, o mercado estava pronto para ser o novo point da cidade. Mas, a realidade que se segue não é exatamente o que os idealizadores tinham em mente.
Com quase dois anos de funcionamento, o Mercado Municipal está longe de ser o sucesso esperado. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram corredores vazios e lojas fechadas, e os comerciantes não escondem a frustração com o baixo movimento. Um dos principais problemas parece ser a localização. Apesar de estar perto de importantes vias de acesso, a chegada ao mercado a pé é bem limitada, e o alto custo do estacionamento tem afastado muitos visitantes.
“Localização de ruim acesso, muito gourmetizado, restaurantes caros. O Mercado Municipal elitizou o público, mas quem movimenta são pessoas da classe média pra baixo. Uma pena tantos milhões gastos para não dar certo” comentou uma frequentadora. A prefeitura de Niterói e o Consórcio Novo Mercado Municipal firmaram parceria público privada (PPP) para a reforma e gestão do espaço por 25 anos.