MENINO COM DEFORMIDADE RARA NOS DEDOS É CURADO SEM CIRURGIA E, NA ALTA, DESENHA QUADRO DO RIO DE JANEIRO

O pequeno Christian, agora com dez anos, não abria as mãos quando bebê. Curado, o hobby dele é desenhar.

O pequeno Christian de Lima da Silva foi diagnosticado com uma deformidade rara nos dedos quando era bebê. Ele foi o 1º paciente a ser submetido a uma técnica desenvolvida no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) e, agora aos 10 anos, está curado.

Ele chegou ao fim do tratamento há pouco tempo e não precisou de cirurgia para a correção. Curado, o garoto adora desenhar e fez um desenho em homenagem ao Rio de Janeiro – que foi emoldurado e pendurado na escola onde ele estuda.

“A vida dele mudou completamente. Foi uma alegria enorme, porque eu imaginava que nunca veria meu filho pegar alguma coisa com as mãos e, hoje, desenhar é o que ele mais gosta de fazer”, comemora a mãe, Priscila de Lima.

O tratamento foi possível graças ao diagnóstico precoce da síndrome de Beals-Hecht — condição rara que provoca rigidez na extensão dos dedos.

A mãe notou a situação porque ele não abria as mãos corretamente, não conseguia segurar nada nem respondia aos estímulos da forma correta. Aos 7 meses, ele já estava sendo tratado.

“Quanto mais cedo o paciente iniciar o tratamento, maiores são as chances de sucesso da intervenção conservadora (não cirúrgica)”, explica a terapeuta ocupacional Maria da Conceição Soares, que vem acompanhando Christian desde sua chegada ao Into.

O tempo de tratamento depende de cada paciente, mas o acompanhamento acontece até o final do crescimento esquelético, para evitar que a deformidade retorne.

A técnica completa 10 anos em 2023 e consiste na utilização de aparelhos externos que auxiliam na extensão da área rígida.

Por Thaís Espírito Santo, g1 Rio

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