O terremoto também feriu 2.421 pessoas, informou o ministério em comunicado. O balanço anterior apontava 2.012 mortos e 2.059 feridos.
O número de mortos no violento terremoto que atingiu Marrocos na madrugada de sexta-feira para sábado aumentou para 2.122 mortes, disse o Ministério do Interior np domingo (10);
O terremoto também feriu 2.421 pessoas, informou o ministério em comunicado. O balanço anterior apontava 2.012 mortos e 2.059 feridos.
Buscas por sobreviventes
As equipes de resgate aceleraram a busca por possíveis sobreviventes presos sob os escombros de cidades devastadas no Marrocos por um violento terremoto, que já deixou mais de 2.000 mortos.
O terremoto, na noite de sexta-feira, teve uma magnitude de 6,8 segundo os serviços geológicos americanos, e de 7 segundo o centro marroquino de pesquisa científica e técnica. Foi o mais poderoso desde que começaram os registros modernos no país.
Província mais atingida
A província de Al Haouz, epicentro do terremoto, foi a mais atingida e registrou 1.293 mortos, seguida por Taroudant com 452 vítimas mortais. Nestas duas áreas localizadas a sudoeste da cidade turística de Marrakech, o terremoto destruiu aldeias inteiras.
Neste domingo, muitos moradores foram aos hospitais da cidade para doar sangue às vítimas.
Luto nacional
A cidade de Tafeghaghte, poucos quilômetros a oeste, foi praticamente destruída pelo sismo, cujo epicentro se localizou a apenas cinquenta quilômetros de distância.
No sábado, muitos dos sobreviventes dirigiram-se ao cemitério para o enterro de cerca de 70 pessoas, em cerimônias devastadoras marcadas por gritos e lágrimas.
O país decretou três dias de luto nacional no sábado e líderes de todo o mundo enviaram condolências a Rabat.
A Argélia, um país vizinho em conflito com Marrocos, abriu o seu espaço aéreo, fechado há dois anos, a aviões que transportam ajuda humanitária e resgatam os feridos.
O Banco Mundial afirmou que dará “todo o seu apoio” ao país.
Espanha enviará ‘o que for necessário’
Espanha enviou neste domingo uma equipe de 56 socorristas e 4 cães de busca da Unidade Militar de Emergência (UME) para Marrakech, após receber um pedido formal do reino marroquino, e prepara um segundo avião.
“Enviaremos o que for necessário porque todos sabem que estas primeiras horas são cruciais, especialmente se há pessoas soterradas sob os escombros”, declarou a ministra da Defesa, Margarita Robles, à televisão pública.
Outros países, como EUA, Itália, Reino Unido e Israel, também ofereceram a sua ajuda a Marrocos.
O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou neste domingo que o seu país está pronto para “intervir” quando as autoridades marroquinas “considerarem necessário”.
A Cruz Vermelha Internacional alertou no sábado que as necessidades do país são enormes e prevê “muitos meses e até anos de resposta”.
Na noite de sábado, canais de televisão marroquinos transmitiram imagens aéreas que mostravam cidades destruídas na região de Al Haouz, onde as construções são feitas de barro.
A poucos passos da Câmara Municipal de Marrakech, onde partes das muralhas da cidade do século XII estão danificadas ou parcialmente desabadas, algumas pessoas recolhiam os cobertores com que passaram a noite na rua.
Além de Marrakech e regiões vizinhas, o tremor foi sentido em Rabat, Casablanca, Agadir e Easouira, onde muitos moradores abandonaram as suas casas em pânico no meio da noite.
Este é o terremoto mais mortal que atingiu este reino desde o terremoto que destruiu Agadir, na costa oeste, em 29 de fevereiro de 1960. Quase 15 mil pessoas morreram, um terço da população da cidade.
Por g1