Atividade teve como principal objetivo verificar a eficácia do armamento e aprimorar o adestramento dos meios navais e aeronavais da esquadra
O recente lançamento de um míssil antinavio em Cabo Frio, na Região dos Lagos, marcou um importante passo no desenvolvimento das capacidades de combate da Marinha do Brasil. O teste focou na eficácia do Míssil Antinavio Nacional de Superfície (Mansup), que se encontra em fase avançada de desenvolvimento. Além de avaliar o protótipo, a operação serviu para aprimorar o treinamento das forças naval e aeronaval, com o apoio de várias unidades da esquadra.
Esse foi o sétimo teste do Mansup, cuja conclusão está prevista para o final de 2025, após a assinatura de um contrato entre a Marinha do Brasil e o Grupo EDGE. A atividade, realizada entre quarta-feira e domingo, envolveu o reboque de um alvo da Base Naval do Rio até a área de testes, ao sul de Cabo Frio, com a participação das fragatas “Rademaker” e “Independência”. A fragata “Rademaker” foi responsável pelo disparo do míssil, enquanto a “Independência” atuou como navio Capitânia.
Além do Mansup, a operação incluiu o disparo de outras armas. Os caças AF-1 “Skyhawk” lançaram bombas BGB-82 e realizaram tiros com metralhadoras de 20mm. O helicóptero AH-11B “Super Lynx” lançou bombas MK-9 e utilizou uma metralhadora .50, enquanto a fragata “Independência” disparou canhões de 4.5 polegadas e 40mm.
O contra-almirante Jorge José de Moraes Rulff, comandante da operação, destacou que o exercício fortaleceu o adestramento das forças navais, além de avançar no desenvolvimento do Mansup, essencial para a Marinha.
A operação contou também com o apoio de outras embarcações, como o Navio Doca Multipropósito “Bahia”, a corveta “Caboclo” e o submarino “Tikuna”. Todas essas unidades desempenharam papéis fundamentais na execução do exercício, planejado de acordo com as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa e do Plano Estratégico da Marinha.
O desenvolvimento de um míssil antinavio nacional tem sido uma meta da Marinha desde os anos 1980, com o projeto “Barracuda”, retomado após décadas de desafios financeiros e tecnológicos.Top of Form
Bottom of Form