Rebeldes tomaram o poder em Níger, e países vizinhos ameaçam resposta bélica
TASS – Burkina Faso e Mali considerarão qualquer intervenção militar no Níger como uma declaração de guerra contra eles, de acordo com uma declaração conjunta dos dois países. “Qualquer intervenção militar contra o Níger será considerada uma declaração de guerra contra Burkina Faso e Mali”, diz a declaração, divulgada pela AFP.
Em 26 de julho à noite, os rebeldes anunciaram na televisão nacional a destituição do presidente Mohamed Bazoum, o fechamento das fronteiras da república, um toque de recolher, a suspensão da constituição e a proibição da atividade de partidos políticos. Em 28 de julho, eles declararam que o General Abdurahmane Tchiani havia se tornado o chefe de Estado. Durante o golpe, ele liderou a guarda presidencial, cujas unidades detiveram Bazoum e continuam a mantê-lo sob custódia.
Na segunda-feira, a BBC relatou que as novas autoridades do Níger suspenderam as exportações de urânio e ouro para a França. O Níger é o sétimo maior produtor de urânio do mundo, representando 5% da produção global. De acordo com a mídia francesa, o Níger é responsável por 15% – 17% do urânio usado para gerar eletricidade na França.
Essa situação está gerando tensões crescentes na região, com Mali e Burkina Faso deixando claro que não aceitarão qualquer intervenção militar no Níger sem uma resposta enérgica. A comunidade internacional acompanha com preocupação o desenrolar dos acontecimentos na região e seus possíveis
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