MAIS DE 90 ATLETAS MARICAENSES DE TIRO COM ARCO PARTICIPAM DE SELETIVA PARA INTEGRAR A SELEÇÃO BRASILEIRA

O município de Maricá recebe até sexta-feira (31/01) a seletiva nacional de Tiro com Arco 2025, na sede da Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTARCO), em Itapeba. Os selecionados vão representar o Brasil em competições nacionais e internacionais. Ao todo, 93 atletas de todo o país disputam as quatro vagas disponíveis em cada categoria: sub-18, sub-21 e principal, nas modalidades de arco recurvo e composto.

Para ser classificado, o atleta precisa acertar o alvo e fazer a maior quantidade de pontos dos 72 disparos. Aqueles que conseguirem maior pontuação, avançam para uma fase de mata-mata. É classificado aquele que alcançar maior pontuação na disputa.

Coordenador de Tiro com Arco do Maricá Cidade Olímpica, projeto da Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Esportes, Marcus Vinícius D’Almeida, explicou que o Clube Dispara Brasil participa da competição com 25 atletas de várias idades. Ele, que é atleta do clube, falou da emoção de incentivar o esporte e descobrir novos talentos. “Sou apaixonado pelo alto rendimento, é o que me motiva nesse esporte, é o que me motiva em qualquer esporte. É bonito ver a pessoa performando. Esse projeto ajuda as pessoas a performarem e é isso que eu desejo para a cidade de Maricá. É legal ver uma pessoa evoluindo, chegando em um nível mundial e quem sabe ganhar uma medalha Olímpica”, disse o atleta que conquistou o título de melhor arqueiro mundial.

Participação de clubes estaduais e nacionais

Técnico da Associação Maringaense de Arco e Flecha (AMAF), do Paraná, Alcino Trossini Júnior, de 47 anos, levou um atleta para participar da categoria sub-21.“Não só no Tiro com Arco, como em qualquer esporte, é preciso ter renovação e quando você começa a pegar o pessoal que vem de base, que eles vem treinando e vem se inspirando já nos atletas de alto rendimento que conseguiram o seu lugar no esporte, então, incentiva mais os que estão começando”, afirmou.

Treinador da Confraria Arqueiros do Vale, do município de Vassouras, Luciano Mancusi, levou seis atletas de 14 a 18 anos. “É uma responsabilidade muito grande. A seletiva da seleção brasileira é o ponto de pressão mais alto de competições no ano dentro do país e trazer uma garotada nova para cá para experimentar, fazer a primeira competição é muito importante tanto para a gente enquanto clube, como para eles também como atleta, né? Sofrer uma pressão para poder se encontrar no restante do ano nas competições”, avaliou o professor.

Esperança para conquistar vaga na seleção brasileira

Atleta do clube Confraria Arqueiros do Vale, Ana Marta Kempf Pimenta, de 17 anos, que já foi da seleção brasileira, está confiante para retornar à elite do Tiro com Arco após se recuperar de uma lesão. “Eu gosto muito do esporte. Se não tentarmos nunca vamos alcançar nada. Meus olhos brilham de estar aqui tentando de novo. Nesse último mês eu treinei todos os dias, em dois horários e foi bem cansativo: das 8h até 13h e voltava de 16h até 20h”, disse.

A jovem explicou que além da rotina de treino, é preciso ter equilíbrio entre a saúde física e mental. “Não é só chegar, pegar o arco e tirar. É preciso ter um preparo físico e mental muito bom porque não adianta treinar e chegar aqui nervoso. Então, temos que aprender a lidar com isso. Ter uma dieta balanceada também ajuda no ganho de força”, completou.

Pai de Júlia Nicolau, de 17 anos, que participa da categoria sub-21, Marcos Vinícius Nicolau falou da expectativa de ver a sua filha buscando uma vaga na seleção nacional na categoria arco composto feminino. “Nossa, expectativa muito grande porque ela já teve no Campeonato Brasileiro um ano passado e conseguiu uma a medalha de bronze e agora estamos buscando essa porta de entrada na seleção brasileira com coração esperançoso. Ela é bem dedicada e estamos apoiando sempre”, contou.

O esporte Tiro com Arco

O tiro com arco é a prática de utilizar um arco e flechas para atingir um alvo. O esporte surgiu como atividade de caça e guerra e é praticado em um campo de competição que deve ser plano e sem obstáculos para os arqueiros. Somente o tipo de categoria outdoor e o arco recurvo ou olímpico fazem parte dos Jogos Olímpicos e Pan-Americanos.

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