O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou Jair Bolsonaro (PL) de ter fornecido apoio logístico a um grupo de mercenários que teria realizado um ataque a um forte militar venezuelano em 2019, na fronteira entre os dois países. A declaração foi feita durante o programa “Con Maduro+” nesta segunda-feira (17), segundo a RT.
Segundo Maduro, os envolvidos no ataque de 2019 foram capturados recentemente na chamada “Operação Ouro”, uma investigação do governo venezuelano contra um grupo acusado de conspirar contra o país. O líder venezuelano afirmou que os detidos confessaram a participação no ataque ao forte militar próximo à cidade de Santa Elena de Uairén e detalharam o suposto envolvimento do então governo Bolsonaro.
“Esta gente veio com planos macabros para causar explosões, destruição e gerar comoção interna. Eram vários grupos, e um deles foi apoiado por Bolsonaro em dezembro de 2019. Esse grupo recebeu armas, logística e suporte para atacar um forte militar perto de Santa Elena de Uairén”, afirmou Maduro.
O presidente venezuelano também declarou que os criminosos enfrentaram uma resistência da Guarda Nacional da Venezuela, resultando em mortos, feridos e o roubo de fuzis. “Depois, eles fugiram para o Brasil, onde foram resgatados pelo Exército brasileiro sob ordens diretas de Bolsonaro. Foram evacuados em helicópteros militares”, acrescentou.
Durante sua fala, Maduro também afirmou que seu governo desmantelou o que chamou de “uma célula cancerígena nazi na Venezuela”. Ele descreveu o grupo como “uma das mais diabólicas já encontradas” e alegou que seus integrantes tinham uma ideologia de admiração por Adolf Hitler.
O mandatário venezuelano ligou os grupos investigados à oposição liderada por María Corina Machado e Edmundo González Urrutia. “Todos eles estão interligados. A conspiração continua, mas nosso compromisso com a paz e a estabilidade também continua”, concluiu.
Até o momento, Bolsonaro não se pronunciou sobre as acusações. O governo brasileiro também não comentou as declarações de Maduro.
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