O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (12) que Jair Bolsonaro está “dentro de casa com o rabinho preso”, porque está prestando uma série de depoimentos para a Polícia Federal. O petista acusou ainda o ex-presidente, a quem chamou de “coisa”, de falsificar o próprio cartão de vacinação “Imagina a qualidade de presidente que ele foi, matando 700 mil pessoas e ele falsificou o seu cartão de vacina”, disse.
Lula fez a declaração durante solenidade no Ceará, em que assinou medida provisória que institui a Escola de Tempo Integral. Em sua fala, o petista fazia menção aos bolsonaristas radicais que invadiram e depredaram, no dia 8 de janeiro, os prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto.
“Eles vão aprender uma lição: se querem governar este país, não é por golpe, aguardem as eleições e o resultado das urnas. E não adianta tentar mentir durante a campanha, de tentar fazer a desfaçatez dessa coisa que governou o país e que Deus queira, que nunca mais este país tenha alguém tão, tão, tão antidemocrático. Um cara que tem nas costas a responsabilidade pela morte 300 mil pessoas, que poderia ter sido salva se ele tivesse trabalhado. Agora ele está dentro de casa com o rabinho preso, está prestando depoimento (na Polícia Federal). Ele vai saber o quanto foi ruim para ele mentir durante o processo do governo, até o cartão de vacina ele falsificou. Imagina a qualidade de presidente que ele foi, matando 700 mil pessoas – e ele falsificou o seu cartão de vacina”.
Embora o presidente Lula tenha feito menção – inclusive se confundindo do número total de mortos da Pandemia de Covid-19 – Jair Bolsonaro foi ouvido pela Polícia Federal (PF) em dois inquéritos. Um que apura a relação dele com as joias da Arábia Saudita; e outro inquérito que trata sobre a fraude em seu cartão de vacinação contra o coronavírus. Nenhum inquérito envolve uma suposta negligência de atores políticos durante a pandemia de Covid-19.Sem citar em nenhum momento o nome do seu adversário, Lula chegou a chamar Jair Bolsonaro de “coisa” e “praga de gafanhoto” que disseminou “ódio no Brasil”, o que acabou afastando amigos e pessoas da própria famílias que deixaram de conversar e se falarem entre si.
O mandatário questionou ainda o processo de privatização da Eletrobras, que ocorreu durante a gestão de Jair Bolsonaro. O mandatário deu a entender que houve fraude e corrupção na administração anterior.
“Esse país, vocês sabem, uma pessoa não podia andar de vermelho, que era ofendido, que era xingado, porque ele (Bolsonaro) dizia que ‘era o governo honesto combatendo corrupção’. Nós vamos ver o que é corrupção agora com a turma dele. Nós vamos ver agora!”.A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 5, pedindo que a Corte reveja pontos da privatização da Eletrobras, com o objetivo que a União tenha direito a voto de maneira proporcional às ações que possui. O governo detém 43% das ações.
Por- O tempo