O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou ao comando da Eletrobrás que o governo quer substituições no conselho de administração e na diretoria-executiva, incluindo o presidente, Wilson Ferreira Junior, antes de negociar o futuro da empresa. Lula não aceita negociar com nomes que, segundo ele, estiveram diretamente envolvidos na privatização.
O presidente Lula também defende ampliar o número de assentos no conselho da Eletrobrás, de 9 para pelo menos 11. As trocas, segundo pessoas que participam das discussões citadas pela coluna Painel SA, da Folha de S. Paulo, são ponto pacífico para que o governo possa se sentar à mesa na nova gestão.
A Advocacia-Geral da União (AGU) deve ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos dias com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, questionando a privatização da estatal concluída em junho, durante o governo de Jair Bolsonaro.
Governo Lula enfrenta direção da Eletrobrás para defender vaga dos trabalhadores no Conselho de Administração
Em Assembleia extraordinária de acionistas realizada nesta segunda-feira, dia 17/04, o Governo Federal, o BNDES e o BNDESPAR votaram contrariamente à proposta da direção da Eletrobrás privatizada que acaba com a representação dos trabalhadores no conselho de administração da empresa.
A participação dos empregados nos conselhos de administração das empresas estatais federais é uma conquista histórica. Foi instituída por lei no final do segundo governo Lula, mas como a Eletrobrás foi privatizada no ano passado pelo governo antinacionalista de Jair Bolsonaro, a empresa não tem mais obrigação de manter a participação dos empregados no conselho.
Mesmo com mais de 43% das ações ordinárias da empresa, a União, somada ao BNDES e ao BNDESPAR só tem 10% do poder de voto (esterilização das ações). Por isso a proposta na Assembleia de acionistas da Eletrobrás foi aprovada com 69% dos votos, já os contrários representaram 27% dos votos computados.
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