Presidente conversou com amigos comuns dele e do ex-ministro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve conversas no fim de semana com amigos comuns dele e de Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, para se informar sobre o estado emocional e psicológico do ex-ministro após sua exoneração. A informação foi divulgada pela jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna, na Folha de S. Paulo.
Convicto de que tomou a decisão correta ao acolher a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e exonerar Silvio Almeida, Lula também expressou preocupação com o direito de defesa do ex-ministro. O presidente quer que Almeida tenha a oportunidade de se defender das acusações de assédio sem ser submetido a um “linchamento moral” ou excluído do convívio social. Segundo Lula, o direito a um processo justo e com ampla defesa deve ser garantido.
Politicamente, no entanto, Lula reconhece que a situação era insustentável. Uma das denúncias contra Almeida, de assédio sexual, foi confirmada pela própria Anielle Franco. Diante dessa confirmação, o presidente avaliou que seria inadequado que o ex-ministro permanecesse no cargo enquanto se defendesse das acusações.
Ainda de acordo com informações apuradas por Mônica Bergamo, Lula foi informado, antes do escândalo se tornar público, de que Anielle Franco já havia comunicado vários ministros, além da primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, sobre os episódios de assédio sexual que teria sofrido por parte de Silvio Almeida. No entanto, a ministra preferiu não formalizar a acusação naquele momento, só o fazendo após o portal Metrópoles trazer o caso à tona.
A situação envolvendo o ex-ministro Silvio Almeida e as acusações de Anielle Franco gerou grande repercussão, e o presidente Lula tem buscado conduzir o caso de forma a garantir que as vítimas sejam ouvidas e protegidas, ao mesmo tempo em que assegura o direito de defesa do ex-ministro, visando preservar os princípios democráticos e jurídicos.
Por: 247