“Eu estou disposto a fechar o ano bem”, afirmou o presidente Lula em conversa com jornalistas no Palácio do Itamaraty
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou uma posição divergente do presidente da Câmara, Arthur Lira, ao afirmar na segunda-feira (25) que não tem a intenção de substituir a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, neste momento. Durante uma conversa com jornalistas no Palácio do Itamaraty, em Brasília, Lula declarou: “O único cargo que eu não posso mexer é no meu e no do Geraldo Alckmin, que foi o povo brasileiro que deu. Mas o restante eu posso mexer em qualquer um e posso dizer que, por enquanto, não estou disposto a mexer com nada. Eu estou disposto a fechar o ano bem”, afirmou o presidente Lula.
Essa posição difere da manifestação de Lira, que afirmou publicamente que o Partido Progressista (PP) e o Republicanos ingressaram na base do governo federal com a expectativa de obter os ministérios dos Esportes, dos Portos e Aeroportos, bem como a presidência da Caixa Econômica Federal, além de contemplar outros partidos do Centrão. Lula destacou a necessidade de transparência nas questões relacionadas à Caixa e a disposição para conduzi-las de forma clara. Ele também indicou que haverá nomeações políticas, mas que estas não serão criminalizadas, enfatizando a responsabilidade da equipe. Lembre-se de que a exoneração é a primeira medida para aqueles que não atuarem de maneira adequada, conforme explicou em entrevista concedida ao jornal Folha de S.Paulo em 17 de setembro. >>> Lula diz pela primeira vez que não vai seguir critério de gênero para escolher quem vai para a vaga de Rosa Weber no STF
Lula afirmou também que não tem “pressa” ou “angústia” para definir as indicações à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os dois postos ficarão vagos com as saídas de Augusto Aras da PGR nesta semana e a aposentadoria compulsória por limite de idade da presidente do STF, Rosa Weber, no início de outubro. “Eu vejo o noticiário todo dia. Eu vejo uma angústia que eu não tenho. Sou eu que tenho que escolher, no momento em que eu achar que é importante escolher, eu vou escolher. Eu vou escolher o ministro da Suprema Corte, eu vou escolher o procurador-geral”, disse o presidente na entrevista coletiva. “Tudo tem o seu tempo. Eu tenho que conversar com muita gente, tenho que ouvir muita gente.” (*Com informações do iG e Reuter