“O nosso sistema ainda é o presidencialismo. Para mudar o sistema é necessário um plebiscito e uma PEC. Fora disso é golpe!”, protestou o deputado
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou as pressões do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) substitua o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), responsável pela articulação política do governo com o Congresso Nacional. Nas redes sociais, Lindbergh ressaltou que o Brasil tem o presidencialismo como sistema de governo e que “para mudar o sistema de governo é necessário um plebiscito e uma PEC. Fora disso é golpe”.
“Todo apoio ao nosso ministro Alexandre Padilha. ‘Tá’ certo Lula! Esse é um cargo de confiança do Presidente da República. O nosso sistema ainda é o presidencialismo. Não faz sentido algum o presidente da Câmara pedir a cabeça ou querer indicar o ministro. Isso revela o tamanho da barafunda institucional em que estamos metidos com setores do parlamento avançando na tentativa de impor um semipresidencialismo de fato com apropriação, cada vez maior, do orçamento federal”, postou Lindbergh no X, antigo Twitter.
Ainda segundo ele, “para mudar o sistema de governo é necessário um plebiscito e uma PEC. Fora disso é GOLPE! E não se esqueçam que Bolsonaro NÃO é mais presidente. O Presidente é o Lula e ele é forte, experiente e já mostrou que sabe governar. Deixem Lula governar em paz!”, completou.
A postagem de Lindbergh foi feita após a Folha de S. Paulo revelar que o presidente Lula reafirmou aos seus aliados sua posição de não atender às demandas de Arthur Lira para substituir Padilha. Nesta linha, Lira tem intensificado as pressões e alertou os interlocutores de Lula sobre possíveis obstáculos na agenda governamental na Câmara, caso Padilha não seja trocado.
O presidente da Câmara tem demonstrado uma forte insatisfação com Padilha, uma vez que a liberação e execução das emendas parlamentares estão concentradas no Ministério de Relações Institucionais, o que para integrantes do Centrão é visto como inaceitável, uma vez que atrapalha a distribuição de recursos em um ano eleitoral.