A Justiça do Rio de Janeiro declarou o atacante Neymar inocente em um processo movido pela prefeitura de Mangaratiba, alegando falta de evidências de que a reforma de um lago artificial em sua mansão tivesse causado os danos ambientais apontados pela administração municipal. Na época, a prefeitura havia acusado o jogador de crime ambiental, gerando grande repercussão pública.
O caso ocorreu em agosto deste ano, quando Neymar, que atua pelo Al-Hilal e pela Seleção Brasileira, recebeu uma multa de R$ 16 milhões aplicada pelo município. No entanto, essa penalidade foi posteriormente anulada pela Justiça.
De acordo com os advogados de Neymar, a decisão judicial baseou-se na ausência de provas concretas contra o jogador. Eles argumentaram que o processo foi movido de forma precipitada e motivado pela notoriedade de seu cliente. “Os desembargadores atestaram a ausência de dano ambiental e a inexigibilidade de licenciamento ambiental para a reforma do lago/piscina, dada a insignificância do seu potencial poluidor”, explicou a advogada Náthalia, representante do jogador.
O Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro também avaliou a obra e concluiu que não houve impacto ambiental significativo nem outras irregularidades associadas à construção do lago. Com base nesse laudo técnico, o tribunal reforçou a decisão de absolver Neymar.
Paralelamente, Neymar ingressou com outro processo contra a prefeitura de Mangaratiba, pedindo retratação pública. O jogador alega que a ampla cobertura midiática e a exposição do caso prejudicaram sua imagem e limitaram seu direito à defesa. Para Neymar, o estardalhaço criado em torno do episódio foi desproporcional e trouxe danos morais, além de levantar suspeitas infundadas.
A decisão judicial representa um marco importante no caso, mas o embate entre Neymar e a prefeitura de Mangaratiba ainda não chegou ao fim, já que o pedido de retratação segue em andamento.